Relatos de uma futura professora.
RELATÓRIOS CONCERNENTES AO
ESTÁGIO I - DE OBSERVAÇÃO
1 RELATÓRIOS DO PRIMEIRO ENCONTRO – 04/10/2016
1 RELATÓRIOS DO PRIMEIRO ENCONTRO – 04/10/2016
Aos quatro de outubro
de dois mil e dezesseis iniciei o meu primeiro dia de Estágio I no Colégio
Estadual Professor Edson de Sousa Carneiro, estava muito ansiosa, pois a região
do São Caetano costuma engarrafar constantemente e justamente no primeiro dia
não poderia me atrasar. Fui à tarde, pensando que se tudo desse certo poderia
começar esta noite mesmo Chegando à escola me apresentei à diretora Nair Faria
de Almeida Andrade que pediu que eu aguardasse um pouco, pois estava em reunião
com a turma do 3º ano, a cerca da formatura.
Passados uns quarenta
minutos a diretora Nair me atendeu gentilmente. Apresentei-me, expliquei que
era aluna do curso de Letras da UNIJORGE e que almejava uma oportunidade de
estagiar observando aulas de LI neste colégio. Acrescentei que já tinha
experiência em sala de aula e que priorizava essa instituição, porque, além de
ser próxima a minha casa, foi no Colégio Edison de Sousa Carneiro que eu e meu
irmão concluímos o antigo Ginásio. Comuniquei a ela que não daria trabalho,
pois além de ter feito o extinto Curso de Magistério no ICEIA tive um ótimo
embasamento teórico na Academia. Fui me cercando de possibilidades positivas
temendo um possível não. Mas, tudo deu certo. Entreguei o TCC ( Termo de
Compromisso de Estágio) a Carta de apresentação devidamente assinada pela
coordenadora do meu curso a profª Maria Laura. Tudo ocorreu conforme o
planejado, comecei neste mesmo dia. A diretora Nair passou-me as devidas
orientações e à noite pediu que procurasse a vice-diretora do noturno a profª
Selma e entregasse um bilhete de recomendação, validando a nossa conversa com a
assinatura da direção.
Chegando á noite,
estranhei, pois a entrada dos alunos é 18:40h e já passava das 17:00 e os
portões ainda encontravam-se fechados, aguardei. Enquanto isso, pude traçar um
panorama do perfil da clientela noturna: há uma predominância de estudantes
mais velhos- a metade dos matriculados nesse período tem acima 20 anos; enquanto
no diurno a maioria tem menos de 17 anos; com alto índice de defasagem
idade-série e com percentual de abandono escolar , o que significa que os
jovens já deixaram a escola pelo menos uma vez. Muitos chegam atrasados,
cansados do trabalho, ou até mesmo desanimados. Mas a vida ensina coisas
incríveis, inclusive que sempre existirá tempo para estudar. Nesse sentido,
pude perceber diversas senhoras e senhores buscando o aprendizado escolar do
EJA - Educação para Jovens e Adultos.
Logo os portões se
abriram e os alunos, claro, reclamaram da demora, o vigilante explicou que
estava finalizando uma reunião com os professores e a direção escolar.
Esperei todos se
acomodarem para encontrar a profª vice diretora Selma, e com muita gentileza
comecei todo ritual de apresentação que havia feito pela manhã. Ela me
apresentou a professora Telma Conceição, regente da disciplina de LI, passou-me
os horários das aulas as quais eu iria observar que ficaram sendo segunda-feira
no segundo horário e na terça no primeiro horário. Pronto, para um primeiro
contato achei que a professora Telma foi super gentil e atenciosa comigo,
caminhamos até a sala dos professores conversando sobre meu estágio, as
instalações, claro já não eram mais as mesmas de quase vinte anos atrás. Ao
entrar avistei o professor Ubaldo, que foi meu professor de matemática. Fiquei
muito contente, magrinho, como sempre e com os cabelos alvos como a nuvem. Ele
era o terror da Matemática, mas hoje por questões de saúde, leciona disciplinas
que tenham uma grade mais tranquila. Cumprimentei a todos e todas e esperei o
momento certo de “tietar” o professor Ubaldo. Sentei à mesa e comecei
disfarçadamente registrar as primeiras impressões. A cozinha tinha servido uma
sopa para os alunos, antes mesmo de iniciar as atividades, e os professores
também saborearam, ofereceram-me, mas não aceitei, estava ansiosa demais.
O professor Ubaldo é
como um cânone para a escola, tem até busto em sua homenagem, um professor
cheio de sabedoria e realmente muito querido.
Todos foram para sala
de aula e eu fiquei sozinha aguardando a Profª. Telma para o segundo horário,
aproveitei e observei as instalações da sala ampla dos professores: bem
aconchegante, com televisores, computadores, armários nomeados, frigobar,
geladeira, filtro de água, estantes repletas de livros, dois banheiros: um
masculino e outro feminino.
A aula dura 40 minutos,
e logo tocou o sinal 19h20min , não demorou e a Profª. Telma veio me buscar.
Subimos um lance de escadas e ela foi conversando comigo até chegar a sala,
pegou a caderneta com a auxiliar do anexo, explicou que a turma era composta
por alunos do 2º ano B e traçou o mesmo perfil que eu havia construído na
entrada a respeito dos alunos da noite.
Como já estávamos
atrasadas, essa aula não rendeu muita coisa, a Profª Telma conversou com eles
sobre a minha estadia na sala de aula e pediu que eu me apresentasse. Foi muito
tranquilo, fiz uma síntese da minha trajetória e fiz um breve comentário acerca
da importância dos estudos de LEM, após apresentações e acolhimento me coloquei
a disposição para o que eles precisassem. É muito importante para o estagiário esse
primeiro momento com a turma, eles me acolheram com muito respeito e me
deixaram bem à vontade.
Durante o primeiro
encontro de observação o professor iniciou a aula escrevendo os conteúdos que
iriam cair nas provas da IV Unidade programadas para o período de 28/11/16 a
02/12/16.
Estavam
programados para estudarem nessa unidade: Present
Perfect Progressive, Fillers: uns,er, erm, uh, Tag questions e -ing form. Tocou
o sinal e o professor aproveitou um tempinho para solicitar uma pesquisa
pontuada no caderno sobre o primeiro conteúdo: o Present Perfect Progressive. Todos começaram a sair da sala devagar,
para o primeiro contato, achei muito proveitoso e minhas expectativas de paz
deram todas certas.
2 RELATÓRIO DO SEGUNDO ENCONTRO
– 10/10/2016
Começou
o segundo encontro, ao décimo dia de outubro de dois mil e dezesseis, a chegada
reproduzia sempre o mesmo ritual, só que dessa vez no horário certo da abertura
dos portões às 18: 30h Os alunos tem o costume de não assistir a 1° aula e eu
já sabia disso, são poucos que chegam no horário. Quando deu 18:40 bateu o
sinal, mais as funcionarias só colocam os alunos na sala a partir das 19:00
mais ou menos, e então vão a sala dos professores e nos avisam que os alunos
subiram. Como sempre atrasa o primeiro horário eu e a profª Telma caminhamos
para a sala que é no 1º andar e colocamos as programações em dia, pegamos a
caderneta do segundo ano para subir sem demora.
Logo
no início da aula a professora Telma explicou que o objetivo da atividade de
pesquisa deixada na semana passada, sobre o Present
Perfect Progressive. Ainda acrescentou que “o aluno através do conhecimento
adquirido saiba como conceituar e identificar as posições de acordo com as
normas e regras de cada assunto da língua Inglesa, então pesquisar é preciso” Logo
após, a professora enfatizou a entrega da pesquisa para a aula de amanhã,
juntamente com uma atividade xerocada12,
que seria feito durante a aula do dia seguinte.
O lembrete do professor foi muito importante, pois essa
pesquisa já tinha sido passada a oito dias e muitos não anotaram e nem se quer
lembraram. Uma observação: notei que alguns estavam interessados em produzir o
trabalho e outros não estavam nem ligando para a disciplina. Fatores que
desaguam posteriormente na evasão
A professora fez a chamada e em seguida iniciou o assunto explicando que tratava-se
de Tag Questions, perguntas curtas ao
final de uma afirmação ou negação. Ela deu vários exemplos em Língua Portuguesa
e nas próximas aulas retomará em inglês investigando os conhecimentos prévios
dos alunos.
A apesar de ser uma sala de adultos cansados de uma rotina de
trabalho Uma boa parte é bem participativa e isso é que garante o rendimento da
aula. Tocou o sinal e todos saíram da sala com a pró relembrando a pesquisa
agendada para o dia seguinte.
3 RELATÓRIOS DO TERCEIRO
ENCONTRO – 11/10/2016
No dia
seguinte, onze de outubro de dois mil e dezesseis a professora solicitou a entrega da pesquisa para a aula de
amanhã A
aluna iniciou o conteúdo e indagou aos colegas com os seguintes
questionamentos. Vocês que estudam Inglês, já devem ter percebido que nem
sempre as palavras têm a mesma ordem na Língua Inglesa em relação a Língua
Portuguesa. O problema é que muita gente não sabe quando “inverter” as palavras
e termina falando as coisas na ordem errada. Então como saber a
ordem das palavras em Inglês?
Momento em que a aluna Beatriz deu continuidade e explicou os dois casos dois
casos em que as palavras são invertidas na Língua Inglesa, ou seja, nas
perguntas e em frases que tem substantivo e adjetivo.
Ela disse que tinha aprendido na série anterior. A professora ficou surpresa, esclarecer
a dúvida da aluna e depois recolheu as pesquisas do caderno, visitando e
corrigindo. Uma boa parte dos alunos trouxeram as atividades, basta dizer que é
para nota eles fazer correndo. Poucos são os desinteressados.
Depois de
ter avaliado todas as pesquisas, a professora concluiu a explicação do conteúdo
e passou a fez atividade xerocada de inglês. As primeiras frases ela mediou o
aprendizado, as seguintes eles foram fazendo em dupla tirando a dúvida comigo e
com a professora rma tem alguns conversadores e piadistas, mas nada que não dê
para se contornar, logo, ele estavam vindo até a mimpara tirar dúvidas, eu
comecei a circular pela sala, orientando-os enquanto a Prof. Fazia a chamada. Quando
o professor explora a diversidade das atividades e os textos como:
publicitário, jornalístico, narrativo, dissertativo, poético literário,
cientifico. O aluno observa sua estrutura formal e informal, assim desenvolve a
capacidade de aprender a língua escrita e falada e internalizar o vocábulo,
compreensão textual. Percebi muita dificuldade neles e quando a aula começou a fluir, toca o sinal. Eles não pensam duas
vezes em fechar o caderno e sair da sala.
Mas,
durante o corredor fomos surpreendidas por uma aluna de outra sala, pedindo a
pró provas para o ENEM que ela queria se preparar e tinha colocado a LEM em
Língua Inglesa, como podemos perceber, nem tudo esta perdido, tem muito aluno
interessado ainda em aprender. Cabe a nós professores despertar esse interesse
a cada dia.
4 RELATÓRIO DO QUARTO ENCONTRO – 17/10/2016
No dia dezessete de outubro, quarta aula, a professora Telma
iniciou a aula avisando que iria fazer uma revisão do verbo to be, quando eu ouvi isso me deu
calafrios, não acreditava no que estava escutando, mas não demorou muito um
aluno gritou logo, “ de novo professora”, e ela nem quis saber de minha
presença gritou do outro lado “de novo, você já sabe? ”. Ela discute muito com
os alunos, termina se igualando a eles. Eu não teria esse comportamento de
jeito nenhum, as vezes ela faz caretas, meio infantil da parte dela.
Prosseguindo,
a professora fez a chamada e em seguida se dirigiu ao quadro e começou a
explicar as diversas possibilidades frasais do Present Perfect Progressive : na afirmativa e na negativa... Fez
algumas associações com a língua portuguesa e passou em seguida um exercicíono
quadro,sendo ele:
1)
Put the verbs in the Present Perfect or in the Present
Perfect Progressive or Continuous:
a)
I ____________________________( play ) football for five years.
b)
My team______________________( will/only) two matches so far.
c)
The others_____________________( be/ always ) better.
d)
Are we not there yet? We______________________( walk) for hours.
e)
I________________________( finish/just) my homework.
f) They_____________________( work ) on this
essay since two o’clock.
g)
How long__________________( wait / you ) for us?
h)
_________________________( you / play / ever ) tennis?
A
aula foi interrompida algumas vezes, pelos alunos inquietos e por alunos de
outras salas que simplesmente invadiam a sala do 2º-A. Ela não se incomodava,
com uso de aparelhos, e nem pedia para tirar, acredito que por causa da região
da escola os professores evitam qualquer tipo de desentendimento com alunos.
Bateu o horário e não deu tempo para a correção dos exercícios, ficou para
próxima aula.
5 RELATÓRIO DO
QUINTO ENCONTRO – 18/10/2016
Ao
chegar no dia dezoito de outubro de dois mil e dezesseis para o quinto encontro,
já haviamos falado com diversos alunos no pátio, eles vieram me cumprimentar, e
como estou caminhando quatro horas da
manhã na quadra do bairro, encontro diversas senhorinhas também se exercitando.
Fiquei
contente, pois disseram que gostaram muito de mim. Que já passaram outros
estagiários pelo colégio e que só anotam tudo e eles não gostam.
Fiquei
na sala dos professores até terminar o primeiro horário e a professora vir
trocar os livros dela para irmos para o 2º A. A pró Telma começou a aula
fazendo a chamada, nesse interim uma aluna perguntou a sua média da terceira
unidade, como sempre paciente, pediu que aguardasse. Alguns professores
reclamariam a intromissão, mas a pró Telma é muito tranquila. e atenciosa.
Ela
questionou da atividade e apenas dois fizeram os demais não, a professora se levantou
e perguntou aos alunos como eles iriam aprender se não realizam as tarefas? Choveu
justificativas: trabalho, carro, dor de dente, esquecimento...
Em
seguida corrigiu foi em carteira por carteira, verificando se eles estavam
copiando. Depois da verificação dos cadernos, pediu aos alunos que estudasse o Tag questions, pois iria dar
continuidade na aula seguinte com uma tarefa xerocada. Um aluno lembrou que já
tinha uma xerocada da semana passada e que ela não concluiu a correção. Logo,
ela agendou para próxima aula. Por fim, bateu o horário e fomos embora, no
caminho para sala dos professores ela me disse que estava com dor de cabeça. e
tinha passado muito mau durante o dia.
6 RELATÓRIO DO SEXTO ENCONTRO – 24/10/2016
6 RELATÓRIO DO SEXTO ENCONTRO – 24/10/2016
No
dia vinte e quatro de outubro, hoje era o sexto dia cheguei à escola cheguei
atrasada, peguei um engarrafamento tremendo, por causa de uma batida de carro, fui
direto a sala dos professores, a professora Telma já tinha ido para a sala,
cumprimentei a todos e pedi desculpas pelo atraso. Ela não deixou nem que eu
concluísse, disse que entendia perfeitamente, uma vez que ela sofre direto com
isso.
Ela
começou a aula fazendo a chamada, como de costume e perguntou aos alunos se
eles tinham estudado o Tag Questions,
alguns responderam positivamente, mas a grande maioria nem responderam. Então
se dirigiu ao quadro e fez a explicação e após escreveu as mesmas frases que
foram utilizadas para passar para forma negativa. Os alunos estavam inquietos, ela pedia
silêncio várias vezes, mas eles não a obedeciam e queriam falar de tudo menos
do conteúdo, ela escutou, conversou dez minutos com eles e disse que agora era
a vez dela, e todos acataram.
A
professora deu um tempo para que eles concluíssem, mas um grupinho só conversava,
baixinho, mas conversava e não estava prestando atenção a aula. Quando a
professora reclamava paravam e depois continuavam... Ela corrigiu as questões e
disse que na próxima aula, que já era no dia seguinte, teria um mini teste com
esses assuntos. A sala entrou em pânico, ela arrumou suas coisas e em seguida o
sino bateu e fomos embora. Na verdade ela me contou que vai dividir em equipe e
fazer um corpo a corpo com eles. Achei interessante a iniciativa dela,
mostrou-se preocupada com os estudantes.
Durante
o caminho ela sempre conversa comigo a respeito da questão do turno noturno, do
quanto é complicado para eles e para nós professores lidar com a educação
noturna em tempos de tanta violência. Ela conta que antes era mais exigente,
mas já vivenciou demais e certas posturas não podemos ter mais, nem na rede
particular...e isso é uma verdade.
7 RELATÓRIO DO SÉTIMO ENCONTRO –
25/10/2016.
No
dia vinte e cinco de outubro, tratava-se do sétimo dia de observação
participada, a professora Telma me cumprimentou perguntou sobre minhas
observações, o que eu estava achando e entramos na sala, ela deu boa noite aos
alunos e foi arrumando a sala em duas equipes, pois queria ter um contato mais
de perto com os alunos, para explicar melhor o Tag questions, ela me deu uma xeros toda respondida e pediu que eu
acompanhasse um dos grupos, enquanto ela assumiria o outro, então, tomei a
liberdade de ajuda-la organizando umas cadeiras e logo me sentei com a turma.
Eles se dedicaram muito mais com esse contato mais próximo.
Como
o conteúdo eu também tinha acabado de aprender nesse semestre, foi muito
tranquilo para mim. A pró me perguntou se eu sabia o significado do verbo ought to, Ufa! Esse eu sabia respondi
com precisão que era deveria. \também depois da aula dos Modal Verbs da pró Gina, não tem nem como errar ganhei um pontinho com a pró Telma.
Depois
alguns alunos foram concluindo a atividade e até entendendo a proposta do
exercício, percebi que duas alunas captaram a explicação, pois já estavam
ensinando aos outros. A realidade é que o vocabulário pesa muito no ensino de
LI, não é nem a estrutura da língua é mais que o vocabulário, isso no inglês
instrumental, claro. A aula seguiu inteirinha com a pró Telma em um grupo e eu
em outro. Fiquei muito confiante.
A
medida que iam entregando eles eram liberados. Quando a sirene tocou ainda
tinham alunos sem concluir que ficou para trazer depois, ela iria pontuar se
estivesse completo.
8 RELATÓRIO DO
OITAVO ENCONTRO – 31/10/201
No
dia trinta e um de outubro, era o oitavo dia de observação participada, cheguei
na escola e fui para sala dos professores, a professora Telma chegou atrasada, pois
ela sempre tem dificuldade para estacionar o carro. Não encontra vaga e tem que
colocar no lugar bem distante da escola.. Nós chagamos na sala e os alunos estavam
comentado do Halloween , cumprimentamos a todos e logo encheram ela de
perguntas: Por que ela não fazia uma festa de
Halloween com eles?”, Ela explicou
o significado dessa festa e disse que, como pastora de uma igreja, ela não
poderia, nem gostaria de projetar um Halloween.
Eles continuaram debatendo a possibilidade de criar entre eles. Mas nada fluiu.
Depois
de vários dias com conteúdo gramatical, a pró Telma trouxe uma cópia de um
texto xerocado com o título: Some
important facts about the United States of America. Começou a arguir sobre
os Estados Unidos, e fazer algumas observações, tipo: cor da bandeira,
costumes, moedas, culinária Em seguida ela me pediu que copiasse os tópicos do
texto no quadro para eles transcreverem no caderno, pois em casa fariam a
tradução do mesmo. Tratava-se de um texto instrucional que falava de diversos
aspectos desse país.
A
medida que eu ia escrevendo no quadro ela ia perguntando aos alunos os
significados das palavras e eles iam respondendo as vezes de forma correta as
vezes não. Ela fez a chamada e quando cheguei ao fim do quadro, precisei apagar
o início, coloquei os tópicos organizando o inicio com letras, pois assim,
achei que ficaria melhor para eles acompanharem, quando fui apagar a letra ‘a’
uma aluna gritou que “não”, fiquei surpresa, mas não retruquei, nem precisou a
sala mesma achou um absurdo e começou a questionar. Ela desistiu de copiar e
insistiu que apagasse.
Ela ia passando em carteira e carteira, vendo
quem estava copiando. Bateu o sino e fomos embora, a correção e transcrição
ficou para próxima aula, devendo ser feita em papel pautado com imagens.
9 RELATÓRIO DO NONO ENCONTRO – 01/11/2016
No
dia primeiro de novembro, foi o nono dia de observação, cheguei cedo, pois,
precisava desenvolver a pergunta problema que esta inserida nesse trabalho: “Como
reduzir as práticas tradicionais e ir além da nomenclatura, das classificações,
do uso de frases soltas e descontextualizadas no ensino de Língua Inglesa?”
Fiquei
um pouco temerosa por essa questão problema, será que ela poderia interferir de
alguma forma no cotidiano das aulas que estou observando, digo, será que essa
questão pode soar como uma crítica ao método de ensino da pró?
Bem,
tinha que ser esse o momento. Uma vez que ontem a pró Telma trabalhou com um
gênero textual. Antes de lançar a problemática, contextualizei, retomei
comentários que a mesma fez comigo acerca da dificuldade do ensino noturno e
lancei a pergunta? De forma bem descontraída. Ela disse que de outro jeito não
tem como, os empecilhos, a violência, o horário reduzido, e principalmente o
desinteresse coletivo, tudo isso e algo mais... Impedia uma outra estratégia.
Afirmou que já foi mais contextualizada, mas as aulas noturnas não fluem, o
horário é reduzido e a evasão desestimula muito. Fomos caminhando para sala
enquanto ela discursava sobre minha pergunta problema que acabou sendo
respondida com um “não tem como”.
Cumprimentamos
todos, tinha um aluno sentado no braço da cadeira ela pediu com gentileza que
não fizesse isso, pois o braço da cadeira era apoio e não tinha como suportar o
peso dele. O aluno pediu desculpas, fiquei tão admirada com a humildade de, mas
são adultos, espera-se que entendam quando falham... Espera-se.
A
prof Telma pediu para ver os cadernos, para vistar as tarefas passadas,
completou a correção do Tag Questions.
Lembrou aos mesmos que a semana de 28/11 a 02/12 era semana de provas da IV
unidade e que eles precisavam definir os detalhes da gincana. Ela me explicou
que tem uma gincana para os últimos dias do ano, e que eles precisavam escolher
um mascote, um aluno que se fantasiará para representar sua turma.
Ela
continuou explicando que antes era um padrinho por turma, mas os próprios
professores não iriam e deixavam seus ‘afilhados’ na mão. Que era uma bagunça.
Esse ano resolveram não ter batizado. Todos os
professores articulam e mediam todas as apresentações esse encontro se resumiu
apenas para falar dessa gincana. Neste dia não deu para realizarmos outra
atividade, porque a aula terminou e outro professor, outra disciplina iria
assumir a turma. Nos despedimos e marcamos para resolver na próxima aula.
10 RELATÓRIO DO
DÉCIMO ENCONTRO – 07/11/2016
No
dia sete de novembro, hoje foi o décimo dia de observação. Como de costume fui
ao encontro da professora, na sala dos professores. Ela e os demais estavam
discutindo sobre as acerca do projeto, resolveram
que uma aluna com características afrodescendentes iria representar a turma com
vários adereços da cultura africana. A professora adorou a proposta e começamos
a incentiva-los. Debatemos acerca do cenário econômico do país, comentamos
aspectos sobre as PECs e reformas do ensino médio aproveitaram para debater
também, aula de cidadania.
A
professora começou a fazer a chamada e parou para lembrar aos alunos os
conteúdos das avaliações da IV unidade: Some
important facts about the United States of America, Present Perfect Progressive
e Tag Questions .Repassou algumas
informações e tirou algumas dúvidas.
Notei
que os outros conteúdos não foram dados, como ela mesma informa, o tempo é
muito curto e a turma desvia o foco, além de não achar relevância na disciplina
de LI, como uma aluna disse que não vai viajar nunca para os “Istates”, logo não precisa aprendeu
inglês. Percebi que tem que ser montado um projeto lúdico e informativo para
sanar essa sensação de desprezo com a LEM
Depois se dirigiu ao quadro, para anotar
os conteúdos da prova. Em seguida a professora, passou uma atividade xerocada e
pediu que fossem treinando, recebeu a tradução do texto dos EUA quando bateu o sino e terminou a aula.
11 RELATÓRIO DO DÉCIMO PRIMEIRO ENCONTRO
– 08/11/2016
No
dia oito de novembro, foi o décimo primeiro dia de aula observada.
Não tivemos o
primeiro horário nesse dia, pois como semana que vem não terá aula, nem segunda
porque vai enforcar, nem terça porque é feriado (Proclamação da Republica), a
direção organizou uma apresentação de um grupo de dança afro com alunos da rede
Municipal muito interessante a apresentação. Apesar de vários grupinhos estarem
fazendo piadas sem graça e ignorando a importância da cultura afro, para o
nosso país. Assim que terminou as danças, fomos todos para sala de aula a
partir do quase terceiro horário. A professora Telma, deu continuidade na revisão
e na explicação da última aula, recolheu algumas atividades com pendências de entrega.
Ela se dirigiu ao quadro e finalizou as correções pendentes.
Ela
me explicou que, o que a deixa mais chateada na profissão, é ver os alunos brincarem,
conversarem durante todo o ano, passar por cobranças administrativas para
cumprir o calendário e mapa de notas, o aluno não entrega tarefas, faltam
verificações e é capaz de no ano seguinte está presente na seria avançada.
Finaliza decepcionada, afirmando que é assim que é o sistema.
Ela
conversa muito comigo, foi muito bom acompanhar a professora Telma nesse final
de ano letivo. Ela sentou-se na cadeira e começou a fazer a chamada
Depois
o sino bateu e fomos embora. No corredor
alunos de outras turmas abordam sempre a pró e ela para conversa, tenta
resolver ou definir algumas questões com eles com toda atenção. Ela ama o que
faz, só não gosta do sistema e da burocracia.
12 RELATÓRIO DO DÉCIMO SEGUNDO ENCONTRO
– 21/11/2016
Aos
vinte e um de novembro de dois mil e dezesseis, cheguei à escola era em torno
de fui para sala dos professores me encontrar com a professora Telma.
Cumprimentamo-nos e logo em seguida bateu o sino e nos dirigimos para sala de
aula.
Falamos
com a turma, ela recolheu mais um pingo de trabalho, mais algumas pesquisas e começou
fazendo a chamada e pedindo para ver os cadernos e as xeroxes com as atividades
que ela tinha passado, percebi que cada dia ela pegava um pouquinho, não tinha
data limite, o importante era fazer. Um
desânimo total, tanto da parte dos alunos quanto da parte dos professores. O
que fazer para isso não acontecer, como não deixar que os empecilhos do turno
noturno de uma escola pública , não atrapalhem o desenrolar do aprendizado?
Bem, o estagio está findando e novos questionamentos vão surgindo.
Quando
o professor está em constante renovação de conhecimento, como diz Mario Cortella,
se dar oportunidade para o novo e sair da mesmice.
O
professor analisará esses problemas e verificar, o aluno numa instituição de
ensino do governo precisa falar inglês, aprender gramática, ou nenhuma coisa
nem outra.?
Assim,
perceberá que se optar por gramática, o verb
to be terá que ser explicada de maneira diferenciada. A teoria é linda... É
um ideal maravilhoso, mas pouquíssimos aproveitam
Os PCN’s ajudam
muito na orientação dos professores, mas não basta ter, e sim, colocar em
prática, buscando sempre ampliação nas metodologias, assim como uma coordenação
melhor preparada.
13 RELATÓRIO DO DÉCIMO TERCEIRO
ENCONTRO – 28/11/2016
Este
dia foi o penúltimo dia de estágio, vinte e oito de outubro de dois mil e
dissésseis. Cheguei cedo na escola, hoje começaram as provas da IV Unidade. E
eu ainda tinha alguns anexos desse relatório para carimbar, então aproveitei e
solicitei da vice-diretora Selma que desse os carimbos e assinasse para mim os
termos e anexos. Aos poucos os alunos foram chegando. No pátio, uns estudavam e
outros ouviam músico. Logo os grupinhos se formam.
Dirigindo-me
á sala dos professores, encontrei o meu querido professor Ubaldo saindo de lá.
Outros estagiários temem ficar na sala dos professores, já comentaram isso
comigo, eu não vejo nada de mais e sou super. bem tratada.
Com
os documentos devidamente assinado e carimbados senti um alívio, pois é uma
aventura encontrar a diretora da escola à noite.
A
vice-diretora Selma estava muito preocupada com o pessoal da secretaria, pois
já completavam quatro meses sem receber salário. Os professores fizeram
vaquinha para transporte, mas e as contas como pagar? Resolveram paralisar. Em
contra partida, muitos professores não foram. Estavam faltando seis professores
para tomar conta de prova. Coloquei-me a disposição da direção se quisesse que
eu assumisse uma turma, estaria a dispor. Ela agradeceu.
Todavia
foram chegando aos poucos, e a prova foi aplicada tranquilamente. Um provão
tipo um simulado14 com uma compilação de questões: cinco de
Português, cinco de Física e cinco de Redação. Eu e a professora Telma fomos
para o 1º D ela descrever a turma como sendo uma das melhores do Colégio.
Depois
de distribuir às provas a professora pediu que passasse a lista de presença, percebi
que não era uma e sim três, os alunos teriam que assinar três listas, uma para
cada professor, achei um gasto desnecessário de papel. Imagine contabilizando
isso para cada avaliação?!
Enfim,
teve alunos que se quer assinou a lista, foi embora antes, teve quem não
preenchesse o cabeçalho, outros que nem se quer leram, assinaram o gabarito e
foram embora. Realmente, um esperdício de papel. O gabarito correto já estava
disponível na secretaria para os professores fiscais fazerem a correção. Ao
término da avaliação, fomos para a sala dos professores que estava lotada,
alguns já finalizando e outros começando, como nós. Dividimos as provas e eu
ajudei a pró Telma com a correção. Quando terminamos, ela passou as notas para
a lista de presença e fomos embora.
_______________________________
14Ver
anexo 05
14 RELATÓRIO DO DÉCIMO TERCEIRO
ENCONTRO – 29/11/2016
Enfim,
o último dia de estágio, vinte e nove de outubro de dois mil e dezesseis.
Cheguei cedo na escola, para o segundo dia de avaliação. Hoje é o dia que vou
levar esse relatório para minha orientadora, e também temos um seminário sobre
as competências e as habilidades no ensino de LEM. Estou muito ansiosa. As
avaliações começarão às 17h e nesse horário tenho que já estar fa faculdade,
mas vou passar no Colégio para mostrar o relatório a vice diretora e a pro
Telma, elas pediram para ver. Vai ser correria, mas não posso negar esse
pedido.
2 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO
Ter realizado esse
estágio foi uma experiência gratificante, porque possibilitou um instrumento de
aquisição de um mundo novo, num ponto de vista crítico e esclarecedor.
Possibilitou também a vivenciar experiências inovadoras, que nos trazem a
realidade da nossa sociedade, da educação e como também do sistema escolar.
Nesse momento, tive a
oportunidade de verificar como se constrói um espaço de produção de
conhecimento dentro do ensino público, desenvolvida no dia a dia através de um
processo criativo e inovador, afim de que pude então compreender melhor os
desafios que deveremos enfrentar no momento da prática do estágio e até mesmo,
do trabalho, de forma crítica e consciente.
Contudo, posso afirmar
que essa experiência contribuiu bastante para minha formação profissional e
pessoal, ajudando ainda mais desempenhar esse papel.
O
interessante desse estágio de observação é que vamos acompanhar um professor,
mas analisamos a postura de todos que fazem parte da equipe pedagógica e
administrativa,
Precisamos como professor, ter uma postura
interdisciplinar, estimular os alunos a trabalhar a imaginação, percepção,
capacidade de analise, síntese, capacidade de criar estratégias e pensamentos
abstratos.
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