O Estágio passa a ser na Instituição cedente em 03 de abril a 19 de junho e todos os momentos relevantes estão registrados nesse relatório a seguir:
CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE
AMADO
CURSO
DE LICENCIATURA EM LETRAS COM HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA, LÍNGUA INGLESA E
SUAS RESPECTIVAS LITERATURAS.
ARILMA
DE JESUS SILVA PINTO
RELATÓRIO
DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - REGÊNCIA
Salvador - BA
2017.1
ARILMA
DE JESUS SILVA PINTO
RELATÓRIO
DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - REGÊNCIA
Relatório de Estágio Supervisionado Regência
apresentado ao Curso de Licenciatura em Letras Vernáculas com Inglês do Centro
Universitário Jorge Amado, como requisito obrigatório para obtenção da nota da
disciplina Estágio em Docência: Prática de Ensino em Língua Inglesa lI.
Orientadora: Prof. Esp. Gina Maria Imbroisi Teixeira.
Salvador-BA
2017.1
Agradeço
em primeiro lugar a Deus por ter me dado coragem, persistência e forças para
cumprir mais esta etapa da minha vida acadêmica. Agradeço a minha orientadora
de Estágio Gina Imbroisi por nos fornecer as bases fundamentais para realização
desse relatório. Agradeço ao meu colega de curso Alessandro Sérgio Sampaio
Cavalcante por ter me dado o maior apoio na organização e produção desse
trabalho, pois sem ele, seria mais difícil. Agradeço a todos os meus familiares
e amigos, que de certa forma compreenderam minhas ausências. Agradeço aos
funcionários, ao Tenente Coronel Welder, a vice-diretora Clarice, a professora Maria
Rita, aos alunos do 9º ano D pela paciência e aceitação, ou seja, ao Colégio da
Polícia Militar – CPM João Florêncio Gomes, por ter me dado essa oportunidade,
por ter me aceitado como estagiária e ao Centro Universitário Jorge Amado por
ter me proporcionado não só este, mais diversos outros aprendizados.
“O
interesse pela
transformação social em sala de aula, contudo, envolve
essencialmente o modo de como os professores e, especificamente, o de línguas
concebe a natureza da linguagem e da identidade social. É um aspecto
fundamental em curso de educação de professores de línguas.”
Moita Lopes
RESUMO
O presente artigo faz parte
das exigências curriculares do Curso de Licenciatura em Letras com Habilitação
em Língua Portuguesa e Língua Inglesa e suas respectivas literaturas do Centro
Universitário Jorge Amado, ministrado durante o sétimo semestre. Tem como
objetivo atuar na docência escolar, assumindo a rotina de uma sala de aula
observando e relatando o ensino/aprendizagem concomitante à prática do ensino
de Língua Estrangeira Moderna (doravante LEM).
O fator que guiou esse
trabalho à conclusão foi à consciência da missão ímpar que é legada ao
professor de não só ensinar, mas partilhar, compartilhar, trocar conhecimentos,
proporcionando o desenvolvimento intelectual dos alunos, colaborando para o
despertar de uma visão mais crítica do mundo e terem com isso condição de
defender seus pontos de vista através do uso da linguagem.
Esse trabalho é composto por
relatos do estágio, atividades, projeto educacional com os respectivos planos
de aula que visam apresentar a trajetória, bem como avaliar as reflexões
teóricas pautadas pela professora Orientadora: Profa. Esp. Gina
Maria Imbroisi Teixeira, através do arcabouço teórico- metodológico que a mesma
nos muniu durante o período semestral, este por sua vez contínuo, uma vez que
estamos no Estágio ll.
Durante esse período teórico
tivemos acesso a diversos fundamentos teóricos, didáticos e instrucionais que
nos capacitaram a desenvolver um bom trabalho em campo. Dentre eles destaco: A
Teoria das inteligências múltiplas; Escola e Currículo: O que é a escola? De
que é feita a escola? Pedagogia de projetos; Análise de livros didáticos;
Aprendizagem colaborativa; Estilos de aprendizagens e muito mais. Os conteúdos
dessas aulas foram esclarecedores e relevantes tanto para nossa formação
acadêmica, quanto para nossa formação crítica-cidadã. Pois, o professor
crítico-reflexivo possui como uma de suas grandes características a preocupação
com as consequências éticas e morais na prática social. Sempre assumindo o
papel de eterno pesquisador, buscando o método mais adequado para as mais
diversas situações de sala de aula.
Palavras-chave:
Estágio de Supervisionado. Regência. Língua Inglesa. Ensino.
SUMÁRIO
1.
IDENTIFICAÇÃO.......................................................................................................
07
2.
PERÍODO DO
ESTÁGIO...........................................................................................
08
3. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DO
ESTÁGIO.................................................. 09
3.1 da localização e do funcionamento da instituição..........................................
.09
3.2 Infraestrutura, Recursos Humanos e materiais
............................................. 10
3.3 Clientela..........................................................................................................
11
3.4 Dados referente a sala de aula.......................................................................
11
3.5 Caracterização da turma.................................................................................
12
4. INTRODUÇÃO...........................................................................................................
13
5. PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................................15
6.
JUSTIFICATIVA ........................................................................................................
16
8.
METODOLOGIA.........................................................................................................16
9.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................
18
10
OBJETIVOS..............................................................................................................
25
10.1 Objetivo
Geral.............................................................................................
25
10.2 Objetivos
Especificos..................................................................................
25
11.
RELATÓRIOS CONCERNENTES AO ESTÁGIO II– REGÊNCIA......................... 26
11.1
Relatório do primeiro encontro..................................................................
26
11.2
Relatório do segundo encontro.................................................................
27
11.3
Relatório do terceiro encontro...................................................................
31
11.4
Relatório do quarto encontro....................................................................
33
11.5
Relatório do quinto encontro.....................................................................
35
11.6
Relatório do sexto encontro......................................................................
37
11.7
Relatório do sétimo encontro....................................................................
38
11.8
Relatório do oitavo encontro.....................................................................
39
11.9
Relatório do nono encontro.......................................................................
41
11.10
Relatório do décimo encontro.................................................................
41
11.11
Relatório do décimo primeiro encontro...................................................
43
12.
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO.....................................................................................
44
13.
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................
44
14.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
15.
ANEXOS
1.
IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO (A)
1.1. ESTAGIÁRIA
(O):
Arilma de Jesus Silva Pinto.
1.2. MATRÍCULA:
161007969.
1.3. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA:
Colégio
da Polícia Militar CPM– Unidade Ribeira
1.4. PROFESSORA
REGENTE:
Maria
Rita
1.5. ORIENTADORA
DO CURSO:
Prof.
Esp. Gina Maria Imbroisi Teixeira
1.6. COORDENADORA
DO ESTÁGIO CURRICULAR DO CURSO:
Prof.
Esp. Gina Maria Imbroisi Teixeira
1.7. COORDENADORA CURRICULAR DO CURSO:
Profª. Maria Laura Petitinga.
2. PERÍODO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
II
De
03 de abril até 19 de junho 2017
Turno
de trabalho na Unidade: Matutino
Horário:
Segunda-feira das 10h:35min às 11h:20min
(5º horário);
11h:20min
às 12h:05min (6º horário).
3. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DO ESTÁGIO
3.1 DA LOCALIZAÇÃO, DO
FUNCIONAMENTO DA INSTITUIÇÃO, DO NOME DA INSTITUIÇÃO.
O
Colégio da Polícia Militar CPM – Unidade Ribeira está localizada na Avenida
Beira Mar, Bairro da Ribeira, (71) 3312-0075, e o email lilivirgens@yahoo.com.br. O Colégio criado pelo decreto 17.624
– D. O. 31.12.1959 está situado na Península Itapagipana, no bairro da Ribeira,
numa localização privilegiada na Av. Beira Mar, 481, em uma das mais belas
praias da Cidade Baixa. No dia 21 de fevereiro 2006, através do Decreto 9.835
publicado no D.O de 22 de fevereiro foi celebrado convênio entre a Secretaria
de Educação da Bahia e a Polícia Militar do Estado da Bahia sendo então
transformado em Colégio da Polícia Militar – João Florêncio Gomes.
Atualmente,
o Colégio atende Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Ensino Médio nos turnos
matutino, vespertino. Apresentou um IDEB (2015) de 3,7 aproximando-se da meta
projetada1 de 3,8 para o 9º ano. A escola adere ao Programa Mais
Educação, e oferece aos alunos, oficinas, gincanas e projetos que incentivam a
paz na comunidade, a valorização do ser humano, unidos pela história e pela
cultura.
Um
dos principais objetivos da instituição é oferecer possibilidades de aprender,
sobretudo respeitar as diferenças e o espaço humano. O elemento norteador da
Educação via instrução militar e as normas da Secretaria de Educação
compatibilizam-se direcionando para o objetivo maior - ingresso de seus alunos
na Academia da Polícia Militar (Curso de Formação de Oficiais), bem como em
outros cursos superiores.
Por
ser mais uma unidade educacional da Policia Militar da Bahia, o CPM Ribeira tem
o compromisso de propiciar educação aos filhos de policiais militares e da
população em geral, em consonância com as diretrizes do Ministério da Educação.
A proposta educacional se destaca por oferecer um ensino de qualidade e
disciplina militar desenvolvendo a vivência dos valores essenciais, envolvendo
educandos, a equipe escolar, pais e comunidade para garantir a satisfação de
todos no exercício pleno da cidadania.
________________________________
1 Ver anexo 02
A escola tem uma estrutura adequada no que
diz respeito a saneamento básico.
Dependências segundo dados do Censo/2015:
- 22 salas de aulas;
- 114 funcionários;
- Sala de diretoria;
- Sala de professores;
- Laboratório de informática;
- Laboratório de ciências;
- Quadra de esportes coberta;
- Alimentação escolar para os alunos;
- Cozinha;
- Biblioteca;
- Banheiro dentro do prédio;
- Banheiro adequado à educação infantil;
- Sala de secretaria;
- Banheiro com chuveiro;
- Refeitório;
- Despensa;
- Almoxarifado;
- Auditório;
- Pátio coberto;
- Pátio descoberto;
O
prédio é construído em dois andares com uma extensa planta baixa. As
dependências internas dispõem de cozinha (é oferecida diariamente a merenda,
pois é proibida qualquer comercialização de alimentos), refeitório, laboratório
de informática, laboratório de ciências, sala de leitura, sala de diretoria,
sala de professores, sala de secretaria, diversos banheiros, um pátio enorme, inúmeras
salas de aula, ampla quadra de esportes com cobertura, utilização de
equipamentos didáticos como retroprojetor, televisores, internet banda larga.
Portanto,
os funcionários são bem servidos no que diz respeito instalações e ao material
didático o Colégio tem uma boa estruturação, pois verificamos acesso a
- Computadores administrativos;
- Computadores para alunos;
- Copiadora;
- Equipamento de som;
- Equipamentos de multimídia
- Copiadora
- TV;
- DVD
- Retroprojetor
- Impressora
No entanto, é de suma importância relatar a
falta de acessibilidade aos portadores de qualquer que seja a deficiência. Na estrutura geral da escola, não há rampas
de acesso, piso tático ou qualquer estrutura que ampare jovens com deficiência,
impossibilitando com isso o ingresso confortável desse adolescente a essa
instituição, Todavia, tem alunos com esse perfil matriculado e que conta com a
colaboração de todo núcleo escolar.
No ano de 2015, o colégio registrou a
participação de 115 alunos para realização da prova do ENEM. O Censo
contabilizou uma taxa de participação: 92,17%. Obtendo os rendimentos a seguir:
§ Redação:
586,60
§ Linguagens
e Códigos: 512,41
§ Ciências
Humanas: 571,30
§ Matemática:
465,59
§ Ciências
da Natureza: 486,49
Filhos de
policiais militares e a população de diversos bairros de Salvador, que entram
na unidade escolar através de sorteio eletrônico, após inscrições na internet
que ocorrem no final de cada ano letivo. Dentre a oferta de vagas e alunos
matriculados
3.4 DADOS REFERENTES À SALA DE AULA
Fiquei surpresa com a sala
de aula onde fizemos o meu estágio supervisionado lI – Regência, muito limpa,
apresentando um estado de boa conservação. A sala é ampla, ventilada ofertando
tranquilidade uma vez que não faz calor.
A sala em que estagiamos
ficava no térreo e um dos lados tem três janelas enormes de vidro que
proporciona melhor salubridade ao ambiente, uma vez que a ventilação natural traz
além de bem estar, economia, por vezes voam até papéis se não colocar um peso,
as paredes não são sujas pintadas na cor creme com detalhes azuis e vermelhos. Diversas
manchas de solado na parede, na direção do rodapé, muitos riscos e isso me
surpreendeu por ser um colégio com tantas doutrinas militares. A iluminação é
boa, os mobiliários estão em condições adequadas, resultado do empenho de todo
corpo administrativo.
3.5 CARACTERIZAÇÕES DA TURMA
A turma que atuamos na
Regência foi o 9º Ano - D, composta de 18 alunos matriculados, numa faixa
etária de 13 a 15 anos, turno matutino. No que se refere a interação dos
alunos, existe um bom entrosamento pude percebi que a maioria se dedicam a
novidades, aliás características de qualquer jovem. Poucos são desinteressados,
alguns entram mudos e saem calados. Mas, foi notória a falta de
fluência e domínio da Língua Inglesa com palavras simples do vocabulário
diário.
4. INTRODUÇÃO
Durante o período teórico em
que nos preparávamos para o estágio de Regência, tivemos inúmeras orientações
acadêmicas que dinamizaram de forma significativa e basilar, nos capacitando
para ir a campo. Diversas propostas didáticas juntamente com o conteúdo
programático da disciplina de Estagio em Língua Inglesa (doravante LI) nortearam
o rumo para o estágio, ainda no ambiente acadêmico, aprendemos acerca do Learning Styles, a Teoria das
inteligências, procedimentos de ensino aprendizagem individualizantes,
Currículo escolar, INPUT OUTPUT Process, elaboramos miniaulas, seminários,
analise de livros didáticos, dentre outras reflexões diárias políticas e
econômicas em que vive o nosso país.
Dando continuidade, em campo,
elaboramos entrevistas com profissionais do ramo de ensino e alunos a cerca do
questionamento “Qual a importância da disciplina de Língua Inglesa na escola?” Obtendo
êxito e participação. Para tanto, tivemos em campo, a chance de verificarmos e
atuarmos na construção de um espaço de conhecimento. A prática pedagógica e o
desenvolver do cotidiano da escola pública, através do processo da análise e da
reflexão, nos aproximamos da realidade da escola, a fim de que possamos
compreender melhor os desafios que deveremos enfrentar no momento da prática do
estágio e até mesmo, do trabalho futuro como professor atuante.
Refletimos também textos
fundamentais como: A distinção entre a escola moderna e a escola contemporânea;
mas uma vez refletimos o papel de um bom professor. Nossa orientadora insiste
em nos alertar que não basta apenas ter um currículo excelente, conhecimento
técnico apurado, quantidade de títulos, controle de classe, lidar com as
diferenças... É necessário, acima de tudo SER AFETIVO, essa é a dimensão mais
importante, o professor deixa aí sua herança simbólica.
É preciso que o desejo de
ensinar e o desejo de aprender estejam em sintonia.
Boaventura Santos nos diz
que “não há mais lugar para revolução, mas sim, mudanças podem ocorrer em
pequenos grupos” O professor tem um papel pujante em relação a tal exercício.
O arcabouço teórico
previamente ministrado pela nossa orientadora de Estágio possibilitou coragem e
segurança para encarar os desafios de uma instituição pública de ensino. Analisamos
os pontos relevantes dessas obras, dentre outras, para que pudéssemos pautar
nossa regência, bem como, nossas análises e observações, e isso com certeza foi
de imensa relevância, uma vez que pudemos também ter acesso ao Currículo
Escolar, as diretrizes e as competências e habilidades do ensino-aprendizagem.
Fontes como essas formaram aspectos de modelagens e munições conceituais e teóricas
que serviram de base para o desenrolar desse projeto como regente
Foi um momento para
conhecermos os alunos e suas dificuldades, de conhecer como a escola se
organiza, de verificar qual postura do professor regente e a nossa como
estagiário dentre outras. Foi um momento único, que fez parte de minha vida
acadêmica como uma experiência boa e agradável!
Os esclarecimentos desses
encontros foram cruciais para o desenvolvimento da regência em campo, pois a
professora Gina nos chama atenção desde o Estágio l sobre a importância do
ensino-aprendizagem de LEM, em especial da Língua Inglesa com três informações
relevantes, trata-se da: aprender LI promove a abertura de uma janela para o
mundo, faz com que o aluno não se isole do contexto mundial e por fim, cabe ao
professor, instrumentalizar o aluno para entender e identificar a língua.
5. PROBLEMATIZAÇÃO
Com base no arcabouço de
orientações para esse estágio, pautado nos textos analisados no decorrer desse
semestre, como também nas aulas observados em campo no semestre anterior,
reservo o destaque para três inquietações: Como reduzir/banir as práticas
tradicionais e ir além da nomenclatura, das classificações, do uso de frases soltas
e descontextualizadas no ensino de Língua Inglesa? De que modo despertar nos
alunos, em especial, nesse componente curricular a consciência de que as
unidades da língua funcionam oriundas da construção e do reconhecimento dos
mais variados gêneros textuais? E como ampliar o saber usando a temática
transversal do Consumismo Exacerbado?
Estes questionamentos
permearam a elaboração deste trabalho e configurou as problemáticas a serem
refletidas. Tendo em vista que este projeto está pautado em uma nova roupagem
para a aplicabilidade de Língua Inglesa, partindo da temática do Consumismo e
do materialismo com o intuito de buscar orientações e entender como pode ser
interessante para os alunos lidar com variados textos publicitários enfatizando
as construções textuais de LEM no cotidiano, sejam elas formais ou informais,
podendo assim dar sentido o estudo de uma Língua que não é a materna, mas esta
inserida em diversos contextos sociais.
6. JUSTIFICATIVA
É
através do Estágio Curricular Obrigatório, que realizamos as análises
construtivas para um diagnóstico de uma escola, verificando como ocorre na
prática do dia a dia. Já verificamos com amplitude como é a rotina de
funcionamento da escola e todo seu corpo funcional, como diretores,
professores, funcionários, alunos e como eles interagem entre si e com a
comunidade local, como as aulas são elaboradas e executadas, enfim, como
funciona e se constrói um espaço de aprendizagem.
É no
estágio de Regência que vamos nos comportar como professores atuantes, saber
lidar com as adversidades, a exemplo, de alunos com necessidades especiais,
alunos indisciplinados, etc., conhecer e entender, com postura e estratégias
para melhor atendê-los.
Pois,
é através da regência que colocamos em prática tudo que lemos e aprendemos na
academia: elaboramos planejamentos, opinamos e analisamos o método adequado e
pomos em prática tudo que aprendemos no ambiente acadêmico, por isso precisamos
desse momento prático em que o futuro professor possa assumir uma sala de aula
e lidar tanto com o universo de cada aluno quanto os experientes colegas de
profissão.
8.
METODOLOGIA
Ao
participar de uma organização escolar em situações cotidianas, tivemos a
possibilidade de avaliar planos ou programas, testar ou aplicar modelos e
instrumentos, construindo e/ou ampliando nossos conhecimentos teórico-práticos.
O
Estágio Curricular Supervisionado num curso de licenciatura consiste em um
processo planejado, visando à integração entre conhecimentos práticos e conhecimentos
teóricos que complementem nossa formação acadêmica.
A
princípio optamos pela aula expositiva tradicional transformada em diálogo, que
permitiu a troca de experiências entre professor e aluno. Uma exposição
dialógica nos permite perguntar, uma vez que induz a mente ir a uma determinada
direção, a buscar respostas. A problematização complementa a pergunta, no
sentido de provocar a elaboração de alternativas de solução para
situações-problema. São fundamentais no diálogo admitir-se questionamento e contestação
de fatos, ideias e conceitos, e provocar contradições. O diálogo permite um
levantamento de conhecimentos prévios a fim de aquecer e levantar os saberes
localizados.
Buscamos
preparar atividades de aprendizagem social, profissional e cultural,
proporcionadas ao estudante pela participação em situações reais de vida e de
trabalho abordando o Consumismo e o materialismo da sociedade através da
exposição de recursos audiovisuais utilizamos músicas, filmes, vídeos,
slides... Acreditando que a imagem é uma atividade colaborativa no ensino, pois
aproxima do cotidiano do aluno. O método de observação é simultâneo pautado na
análise e na identificação de fatos do cotidiano escolar. Para desenvolvimento
deste estágio foram necessários 22 encontros a unidade de ensino,
possibilitando conhecer desde a parte estrutural/física à regência das aulas.
Fizemos
diversas anotações que estão distribuídas ao longo desse relatório.
9. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A realidade atual nos mostra
um mercado de trabalho que não mais se satisfaz em apenas receber graduados,
transmissores dos conhecimentos adquiridos em sua formação acadêmica.
Sobretudo, necessita-se cada vez mais de profissionais competentes e aptos a
enfrentar os desafios de uma sala de aula.
O cientista norte-americano
Howard Gardner causou forte impacto na área educacional com sua teoria das
inteligências múltiplas.
Gardner
afirma que as pessoas desenvolvem capacidades inatas através da educação que
recebem e as oportunidades que encontram.
Para Gardner, cada indivíduo
nasce com um vasto potencial de talentos ainda não moldado pela cultura, o que
só começa a ocorrer por volta dos 5 anos. Segundo ele, a educação costuma errar
ao não levar em conta os vários potenciais de cada um. Além disso, é comum que
essas aptidões sejam sufocadas pelo hábito de nivelar de grande parte das
escolas.
Para tanto é traçado um
perfil de um profissional diferente daquele professor tradicional da língua
materna, ou de língua estrangeira, necessita-se cada vez mais de um
profissional preocupado em levar seus alunos a adquirir instrumentos de
descrição da língua do que desenvolver decorebas que caíram futuramente no esquecimento,
junto com o ensino descontextualizado. Decorar nem pensar!
Gardner baseou sua teoria em
muitas ideias diferentes, mas a principal delas sustenta que as pessoas
manifestam as mais distintas habilidades: para compor uma música, construir um
satélite ou uma ponte, organizar uma horta, produzir um projeto,
levantar paredes durante a construção de uma casa além de muitas outras -, e
que todas essas atividades requerem algum tipo de inteligência, mas não
necessariamente o mesmo tipo de inteligência.
Para Gardner, as pessoas
possuem capacidades diferentes, das quais se valem para criar algo, resolver
problemas e produzir bens sociais e culturais, dentro de seu contexto:
§ A
inteligência como habilidade para criar;
§ A
inteligência como habilidade para resolver problemas;
§ A
inteligência como habilidade para contribuir em um contexto cultural
Nesse
sentido o professor deve explorar e investigar os conhecimentos prévios e basilares
as estratégias que serão aplicadas durante os encontros.
Segundo Koch (2000), quando
interagimos por meio da linguagem temos sempre objetivos e finalidades a serem
atingidos, mesmo que inconscientemente. Assim há sempre uma relação de contato
com a pessoa que queremos interagir. Nesse sentido, ninguém fala ou escreve sem
ter um interlocutor em mente. No entanto, não vivenciamos isso em maioria das
escolas, ao contrário os alunos escrevem apenas para obter, simplesmente a nota
do professor.
Os temas centrais do
documento dos Parâmetros Curriculares Nacionais são a cidadania, a consciência
crítica em relação à linguagem e os aspectos sociopolíticos da aprendizagem de
Língua Estrangeira. Os profissionais ligados à educação se utilizam da
linguagem para informar, para transmitir conhecimento, para chamar a atenção, e
a curiosidade, e principalmente para
contagiar e motivar os alunos para a aprendizagem.
A relação da linguagem com a educação torna-se
ainda mais forte quando se trata do ensino de línguas. Os Professores de língua
estrangeira lidam com um código linguístico desconhecido do aprendiz; precisam
usar uma linguagem que favoreça um ambiente descontraído e relaxado para que
ele possa apreender a língua não nativa da forma mais natural possível, despertando
o interesse não só nas notas. É uma tarefa difícil, mas quando atinge a meta,
obtêm-de a recompensa da profissão.
Sobre o profissional
competente Fusari (1995) afirma que:
O
profissional competente é aquele que sabe fazer bem o que é necessário, desejado
e possível no espaço de sua especialidade. A competência não deve ser definida
como algo estático, como um modelo a ser seguido, mas como algo que se constrói
pelos profissionais em sua práxis cotidiana. E também não possui o caráter de
algo solitário. Ninguém é competente sozinho (p. 40).
Nessa perspectiva, o
conhecimento prévio do aluno associado a intervenções do professor, pode
despertar na mesmo curiosidade e interesse pela LEM, uma vez que, grande parte
do conteúdo de LI, por exemplo, está ao seu redor nos contextos mais simples do
dia a dia. Da mediação do professor inovador e a interação com os alunos,
somados podem transformar a realidade de um ensino precário.
Ainda sobre a inovação Cortella (em vídeo-aula) afirma que:
“Quando
você coloca água numa caneca ela se conforma à caneca. O filósofo é aquele
que gosta de transbordar. Ele quer transbordar e convida todos
a transbordarem, ultrapassarem as bordas impostas. Ele não se
conforma..."(CORTELLA)
O ensino de língua inglesa
foi criado para servir como base para ensinar gramática de uma forma mais
ligada à funcionalidade da língua, aproximando- a da realidade do aluno. Para
conseguir esse objetivo, a proposta dos PCN é de que o educador trabalhe com
gêneros textuais diversificados em sala de aula. Mario Sérgio Cortella, realmente nos faz
refletir de forma crítica sobre questionamento do “fazer sempre a mesma
coisa esperando resultados diferenciados”, devemos nos empenhar em uma
prática realmente engajada na mudança de metodologias, conectadas com o
contexto atual, com a nossa prática profissional, social.
Para tanto, ressalta
Marcuschi (2005, p.22) que “Os gêneros textuais, enquanto diferentes formas de
linguagem que circulam socialmente podem assumir aspectos formais ou informais
no ato da comunicação” o estudioso ainda acrescenta que “A comunicação verbal
só é possível por algum gênero textual” logo, podemos refletir que toda e
qualquer forma que a língua se apresente é um gênero textual, por sua vez
motivado pela interação da linguagem com os indivíduos sócio-comunicativos.
Inúmeras são as ações
institucionais governamentais, tanto na área de formação e capacitação dos
professores, trabalho que resultou os Parâmetros Curriculares de Nacionais
de ensino - (PCNs), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) quanto
nas avaliações efetuadas pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Básica (SAEB) que avalia e oferece subsídios para redefinições de políticas
educacionais. No que se diz respeito aos PCNs, estes por sua vez estabelece o
ensino de LI de forma articulatória em torno de dois grandes eixos: o do uso da língua oral e escrita e o da
reflexão acerca desses usos.
Nota-se, portanto que nenhuma
atenção é dada a definições e classificações de regras que despertem a decoreba.
O que observamos no ENEM - Exame Nacional de Ensino Médio, são
avaliações repletas dos mais variados gêneros textuais (tirinha, crônica, cartum,
divulgações científicas, sinopses, receitas...) elaborados com a visão de
desempenhar as competências e habilidades indispensáveis ao educando, para que
o mesmo possa atuar e interagir nos variados contextos, sejam formais ou
informais, de Língua materna ou Língua Estrangeira.
O aprendizado do inglês
deixou de ser diferencial e passou a ser pré- requisito para se ter um maior
contato com mercado estrangeiro. Dominar este idioma tornou-se fundamental para
muitos profissionais em diferentes áreas de atuação. Para obter um melhor desempenho
no aprendizado de uma língua estrangeira, sendo uma delas o inglês, é
necessário proporcionar em uma aula o contato com as habilidades, “writing3 ,
listenin4 ,
speaking5 , reading6 ”
O ato de ler seja textos
escritos ou em forma de desenhos e ilustrações possibilita um contato mais
próximo com a língua estrangeira, já que está ligada a compreensão da língua
oral. Entretanto, não se deve priorizar apenas a leitura, mas sim, a partir
dela aplicar as demais habilidades.
Weber (1996, p. 9) destaca:
[...]
qualquer mudança concreta no sistema educacional tem no professor um de seus
principais agentes. De fato é, sobretudo através da ação docente, da prática
pedagógica que ele desenvolve que se realizam mediações entre a instituição
escolar e a sociedade em que a mesma se insere.
Como a professora Gina Imbroisi - Orientadora
de Estágio ressaltou que:
Antes
o professor:
•
Limitava-se meramente a aplicar um método ou
utilizar materiais didáticos previamente elaborados, transmitir os seus
conhecimentos a partir de decisões tomadas por especialistas.
•
Era o único responsável pelo processo de
ensino;
•
Aluno: agente passivo, receptáculo de
informações transmitidas pelo professor.
•
A maioria dos métodos considerava o ensino da
língua de forma isolada, como autossuficiente, sem encorajar a reflexão dos
professores sobre o que estavam ensinando;
•
Questões sociais e políticas como intrínsecas
ao processo educativo.
________________________________
3Writing:
Capacidade do aluno escrever as informações trabalhadas.
4Listening:
Capacidade do aluno compreender as informações.
5Speaking:
Capacidade do aluno se comunicar.
6Reading:
Capacidade do aluno comunicar e interpretar.
Hoje
o professor:
•
O professor de LEM deve ser visto como
pesquisador, que a partir da própria vivência em sala de aula e da contínua
observação de sua classe, associada à troca de experiência com seus colegas de
área, possa explorar, sempre e com os mesmos o porquê dos acontecimentos.
•
O professor de hoje é um profissional
participativo, observador de sua própria prática e da pratica de seus colegas.
•
Deve-se fazer uma análise contrastiva com a
sua língua materna, para que assim o seu aluno perceba que cultura da língua
que está aprendendo, tem suas diferenças, mas que nenhuma é superior a outra e
sim hábitos diferentes porque a situação está em um outro contexto.
Nesse sentido, o professor não
é mais um modelo, o detentor do saber, que apenas treina seus alunos zumbis. É
preciso utilizar esse conhecimento vasto para fazer tarefas com as quais se deparam
dentro e fora da escola. O ambiente da sala de aula pode ser visto como uma
oficina de trabalho de professores e alunos, um espaço estimulante e acolhedor,
de trabalho sério, organizado e alegre. Torna-se então o facilitador da
aprendizagem e tem como principal função, em sala de aula, dar significação
ao processo pedagógico.
Com base nas informações que
fundamentam esse estudo, encontramos resposta para a primeira inquietação: Como
banir/reduzir as práticas tradicionais e ir além da nomenclatura, das
classificações, do uso de frases soltas e descontextualizadas no ensino de Língua
Inglesa? Notamos como gêneros textuais
são dinâmicos e maleáveis de modo a contribuir para execução de diferentes
atividades do dia a dia, como: ler uma notícia, um rótulo, uma reportagem científica,
uma receita culinária, estes se integram facilmente em qualquer âmbito
cultural. Desse modo, os gêneros textuais estão presentes em toda atividade
comunicativa e permeiam toda intenção de comunicação.
Ullmann (1980:132) diz que,
“A língua
dá acesso à cultura e, por outro lado, para aprender uma língua é preciso um
mergulho cultural, a aquisição das habilidades orais e escritas, isto é, a competência
comunicativa não fica assegurada apenas com o conhecimento das estruturas linguísticas
(...) saudar uma pessoa, fazer um convite, pedir um favor, servir um
cafezinho, pedir desculpas (...) são todas situações que se inserem
profundamente num contexto cultural . ( DALPIAN, 1996:51)
Sendo assim, as aulas de Língua Estrangeira correspondem a muito mais do
que uma simples aula de regras gramaticais. Os PCNs (BRASIL, 2006, p. 91)
ressaltam que:
[...]
a disciplina Línguas Estrangeiras na escola visa a ensinar um idioma
estrangeiro e, ao mesmo tempo, cumprir outros compromissos com os educandos,
como, por exemplo, contribuir para a formação de indivíduos como parte de suas
preocupações educacionais.
Portanto, já não faz sentido
para o professor ancorar essa prática tradicional infundada, que impossibilita
o jovem de desfrutar de um ensino de Língua materna ou estrangeira com caráter significativo
e prazeroso, formando-o bilíngue dentro de sua própria língua.
O ensino de Língua Inglesa
nas escolas poderia ser ministrado como ocorrem às interações no dia a dia das
pessoas, fazendo com que o aluno entendesse que seu texto resulta de uma
necessidade que ele viveu, conforme já mencionado, de interagir e não por mera
obrigação, talvez punição ou alcance de notas. O
aluno precisa usar a pronúncia associada à interpretação de forma articulada,
para se fazer comunicar com eloquência e transitar por qualquer contexto social
sem sentir dificuldade em se fazer entender, em expressar de forma coerente
suas ideias.
Para
Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva (UFMG), “o professor de inglês deveria
ter, além da consciência política, bom domínio do idioma (escrita/oralidade) e
sólida formação pedagógica com aprofundamento em linguística aplicada. Existe
esse professor, porém de forma bem reduzida.” E esses profissionais que possuem
esse perfil, adquiriram através de seus esforços, pois as academias não aprofundam
o conhecimento na área especifica de aprendizagem em Língua Estrangeira (LE) e
sim apenas sobre a língua.
Nesse
sentido, Bakhtin (1997) defende
que a língua só é utilizada dentro de um determinado
contexto, capaz de contribuir para as significações das falas, ao passo que a
linguagem faz uso no ato da interação. Para o autor, a língua e um processo de
interação e só pode ser utilizada através dos enunciados, sejam orais ou
escritos denominando os mais variados gêneros textuais.
Partindo
das fundamentações teóricas de Bakhtin e da oportunidade ímpar de lançar um
olhar observador acerca da realidade escolar é que permeiam as páginas desse
trabalho, cujo caminho é de extrema relevância para minha formação como futura professora
de Língua Inglesa Realçando as boas surpresas e apontando as dificuldades e os
anseios de uma estagiária.
Freire
(1996, p.43-44) defende “... é pensando criticamente a prática de hoje ou de
ontem que se pode melhorar a próxima prática”. Cabe então ao profissional de
educação se reinventar, renovar e fazer novas descobertas sempre, pois a sua
formação pode contribuir para a democratização da sociedade e para a construção
de um mundo mais justo e igualitário para todos.
10. OBJETIVO GERAL
Atuar como professor regente
na rotina minuciosa de uma escola pública aplicando atribuições do ensino de
Língua inglesa, possibilitando assim, seu aprendizado e o desenvolvimento de
habilidades comunicativas.
10.1
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
Analisar se os alunos detém a reflexão sobre
a importância de se aprender e utilizar a língua inglesa;
·
Verificar o desenvolvimento das competências
e habilidades do aluno.
·
Desenvolver o projeto7 Let's consume the English language;
·
Identificar se há estimulo para o reconhecimento
e mapeamento de diferentes gêneros textuais para que os alunos possam entrar em
contato com linguagens formais e informais;
·
Traçar perfis de oralidade notando se os
alunos, se as atividades e discussões que requeiram uma reflexão e uma visão
crítica da realidade da prática do ensino tradicional e dessa nova roupagem de
aprendizagem de LEM.
·
Observar de que maneira se dá o trabalho com
a gramática, se é contextualizada e interacionista;
·
Refletir sobre a temática do Consumismo e o
Materialismo na sociedade.
____________________
7Ver
anexo 01
11.0 RELATÓRIOS CONCERNENTES AO ESTÁGIO Il
- DE REGÊNCIA
11.1
RELATÓRIO DO PRIMEIRO ENCONTRO – 03/04/2017
Hoje começa uma nova etapa
do período de Estágio em Regência, o primeiro passo sentido a instituição
cedente para apresentar nosso projeto. Digo nosso porque diferente do Estágio
I, tive a oportunidade de dividir essa experiência tão importante com
Alessandro Sérgio. A professora Gina, nossa orientadora permitiu executar em
dupla o Estágio II por acreditar que coisas maravilhosas virão dessa interação
e troca de experiências. Muita expectativa para conhecer quem seriam novos
alunos que iriam compartilhar novos saberes e aprendizados.
Tínhamos certeza que havia
uma maior responsabilidade, pois, ensinar a importância da Língua Inglesa
requer disciplina, confiança e muita criatividade para atrair a atenção e
despertar o interesse desses meninos e meninas em sala de aula.
Quando chegamos ao Colégio
da Polícia Militar – Unidade Ribeira, nos apresentamos e perguntamos ao
policial da recepção pela coordenadora de ensino. Tudo já é diferente nesse
ambiente. A estrutura Militar esta por todos os lados. O tenente Lima disse que
tinha várias coordenadoras e nos orientou a procurar por Manoela. Ela muito
gentil e também curiosa nos ouvia atentamente acerca das nossas intenções
naquela manhã de segunda-feira.
A coordenadora Manoela
folheou um pouco, saiu da sala e quando voltou disse que nos levaria até a
professora regente Maria Rita para que conversássemos melhor. Eu e Sérgio
ficamos aflitos, mas com uma sensação de aceitação, a princípio. Então seguimos
em direção a sala dos professores e fomos apresentados a todos em especial a professora
Maria Rita, responsável pelo ensino de Língua Inglesa
Apresentamos-nos novamente e
comecei a expor nossas intenções, sentamos e de posse do projeto e muito
animada comecei a esboçar a importância tanto para nós quanto para os alunos de
um novo contato..
A pró Maria Rita depois de
ler com atenção nos disse que nossa proposta estava bem fundamentada, criativa.
Sérgio completou falando que o tema central do projeto é a importância da
Língua Inglesa no cotidiano, pautados na temática transversal do Consumismo.
Nesse contexto, abordaríamos textos publicitários, a influência da mídia, dos
meios de comunicação e o papel do consumidor. Ela, a todo instante, emitia
sinais de êxito e afirmação como se estivesse gostando muito de nosso trabalho.
Estávamos tão empolgados que
por um instante temi que isso nos atrapalhasse,
E a todo instante
retomávamos o sentido primordial das abordagens linguísticas do inglês contextualizado
com a transversalidade temática da proposta: “O Consumismo e o Materialismo na
sociedade”. Ficamos de fato preocupados com os efeitos do exagero capitalista
nas pessoas e no mundo e precisávamos dividir isso com nossos futuros alunos.
A professora Maria nos deu as boas vindas e
aprovou com positividade nosso projeto. Ficamos felizes, nos cumprimentamos e
logo em seguida ela nos levou para uma visita às dependências da escola.
Aproveitamos para fazer algumas anotações, em seguida procuramos a coordenadora
Manoela novamente, sendo que dessa vez mais confiantes por causa da aprovação
do projeto. Ela pediu para que nós comparecêssemos na próxima segunda-feira que
é o dia que Maria Rita esta na casa e por volta das 08h00minh, para tomarmos
ciência das informações sobre os horários das aulas, a turma piloto para o
estágio e dos detalhes finais, mas não menos importante uma vez que, a rotina
do CPM é bem diferente de outras escolas públicas. Essa ênfase me deixou
apreensiva e elevou mais ainda minha ansiedade.
Nos despedimos agradecemos a
oportunidade e fomos embora.
11.2
RELATÓRIO DO SEGUNDO ENCONTRO – 10/04/2017
Amanheceu, nem consegui dormi direito
preocupada com o horário, com receio de me atrasar, pois já é chato quando isso
acontece imagine no primeiro dia de Estágio em um Colégio Militar?! Enfim, manhã
de segunda-feira, acabamos chegando antes do horário marcado. Sérgio estava tão
agoniado e isso acabava aumentando a minha ansiedade. A professora Maria Rita,
que já nos aguardávamos. Após os cumprimentos, ela começou a seguir com as
primeiras orientações, parecia já ter tudo planejado.
Ficaríamos responsáveis pela
turma 9ª D, acreditava ser uma turma bem tranquila para aplicarmos nosso
projeto. Seriam os últimos horários de aula, que tem início às 10h35min com
término às 12h05min. Depois, ela sorriu e nos disse: estão preparados? Estamos,
respondemos juntos eu e Sérgio. Então vamos conhecer nossos alunos. A sala de
aula fica no final do primeiro corredor, logo após a entrada da escola. Ela bateu na porta eles estavam sozinhos. Imediatamente
pararam para observar os acompanhantes da pró Maria Rita. Quem eram eles? Esse
era o semblante da turma que foram logo se ajeitando para ouvir a novidade.
Posicionavam-se com
formalidades militares, receberam a professora, até que uma das alunas foi até
a professora Maria Rita e prosseguiu falando:
__ “Presente na sala de aula
a professora Maria Rita da disciplina Língua Inglesa. Sentido, descansar, à
vontade”.
O caso era sério, fiquei
admirada com a burocracia militar. Isso favorece a disciplina e respeito no ambiente
escolar, causou um estranhamento, mas me mantive atenta, tentando registrar
todos os detalhes. A professora nos explicou que por se tratar de uma escola militar,
a cada chegada do professor, a turma é apresentada pelo xerife da semana. Achei
muito interessante e organizado. Hoje, no caso a aluna é a Ana Carla que é a
responsável da semana. Acrescentou que o Xerife realiza diversas atividades:
realiza a chamada, faltas, organização da sala, material deixado pelo
professor, além de manter a disciplina na sala na ausência do professor, todos
os alunos da sala passam por esse processo, denominado Xerifado. Muita novidade
estava por vir, pensei com meus botões.
Fiquei contente com a
apresentação dela, pois disse que somos professores de Língua Portuguesa e
Língua Inglesa e que iríamos desenvolver um projeto maravilhoso e passaríamos
um período com eles. Em seguida nos apresentamos. E na primeira pausa na fala a
pró nos desejou bom desempenho, recomendou a turma um bom comportamento e
atenção, pois seriam dias de grande relevância, tanto para eles quanto para
nossa formação. Ela se despediu e nos assumimos a sala. Era o inicio da
Regência. O primeiro contato como professor.
Retomamos as apresentações e
fomos interagindo. Sérgio perguntou como era a relação deles com a Língua
Inglesa. Se faziam curso do idioma? Se gostavam do inglês? E suas preferências
entre filmes, séries, produtos, músicas da língua estrangeira. Enquanto isso eu
passava um olhar registrador tentando abarcar as expectativas e os posicionamentos
de cada um diante de nós.
Sabia que os questionamentos
de Sérgio iriam estigá-los.
Uma aluna chamada Ana Carla
que respondeu que se lembra do inglês quando vai ao Shopping Center e pronunciam
palavras como MC’Donald, black friday,
milk shake, hamburger, subway, fast food,
pois adora passear no shopping para
comer, uma outra por nome Jamile completou a fala dela dizendo que gosta de
músicas internacionais. Sérgio aproveitou o gancho das respostas e disse durante
dois meses vamos trabalhar com vocês um projeto pautado na Língua Inglesa, de
forma diferente. E continuou a explicação dele enfatizando que: a língua
estrangeira já faz parte da nossa vida de alguma forma. e que várias palavras
do inglês estão no nosso dia a dia como facebook,
mouse, shopping, e-mail, show.
Acrescentei que trabalharíamos
com base nos saberes e experiências de cada um, abordando a temática do
Consumismo Exacerbado, exagerado, não só na adolescência, mas para toda vida.
Se não for despertado a consciência das causas e efeitos dessa prática sem
limites. Todos estavam bem atentos ao que passávamos e eu e meu colega Sérgio
nos apropriamos do projeto de tal forma que o desconforto primeiro contato já
havia desaparecido.
Tudo isso mergulhado na
intenção de desenvolver em cada um: a noção da importância do ensinoaprendizagem
de Língua Estrangeira Moderna (doravante LEM), a capacidade de ler, escrever,
ouvir e falar inglês, bem como fazer uma reflexão crítica e consciente das
causas e consequências do Consumismo exagerado na sociedade.
Perguntei o que acharam e a
maioria esboçou uma grande aceitação da proposta, quanto outros disseram que
tudo bem.
Esse bate-papo levou
aproximadamente uns trinta minutos. Começamos
a aula, falando sobre as expressões Input
on Output. Nenhum deles conhecia essa
expressão. Perguntei como a LI chega até eles e como saem deles, e começaram a
surgir às primeiras colocações. Uma aluna disse que chega pelas músicas e saem
quando cantamos as músicas e daí foram diversas opiniões que só facilitavam a
nossa oralidade.
Abrimos o significado da
primeira palavra: entrada, e a segunda traduzimos como saída. Explicamos que esses
termos são utilizados na área da Tecnologia da Informação (TI), como também na
área da aprendizagem de idiomas. Input
é à entrada de um dispositivo, de tudo aquilo que você lê ou escuta (palavras,
frases, diálogos, etc.). Output é a saída, tudo aquilo que você produz na fala
ou na escrita (palavras, frases, diálogos, etc.) A aula foi ficando empolgante
e cada vez eles se interessavam mais. Viram que não estávamos ali à toa e o
planejamento fez toda diferença.
Continuamos nossa explicação sempre
intercalando minhas falas com as de Sérgio, pois estávamos mais que planejados
para esse dia. Explanamos sobre as quatro habilidades envolvidas na
aprendizagem de idiomas (fala, compreensão oral, escrita e leitura), veremos
que a compreensão oral e a leitura são atividades de input, enquanto que a escrita e a fala são atividades de output. E continuamos a explicar que o
importante é entender a relação entre esses dois conceitos, pois é por meio
dessa relação que falamos nossa língua nativa, a Língua Portuguesa, e é por
meio dela que aprendemos outras línguas, como o inglês que estamos estudando.
Logo após, exibimos dois
vídeos. O primeiro sobre o homem consumista sem áudio para que possam
desenvolver a habilidade de reading, porém
com diversas palavras e expressões em inglês, o segundo vídeo era pronunciado e
escrito em inglês através deste segundo os alunos iriam desenvolver tanto a
habilidade de reading quanto Listening e por consequência no segundo
momento speaking e writing. Sobretudo,
daríamos início concomitantemente à discussão sobre a temática do consumismo no
qual os alunos com suas histórias e situações reais foram contribuindo com suas
observações.
No primeiro vídeo que exibe
imagens do homem na natureza arodeado de animais e ele segue em frente,
caminhando, consumindo tudo que vê pela frente, acumulando a seu redor coisas
fúteis. Não há sinal de família, amigos e rodeado de lixo, sujeira e poluição
que o mesmo vai deixando para trás. Um rastro entristecedor da destruição
humana ao meio ambiente e a si mesmo.
O aluno Caio levantou a mão e falou que o
homem do vídeo é um egoísta e um irresponsável, como a maioria das pessoas que
destrói a natureza e não sabe que e através dela que podemos viver melhor. Imediatamente
apreciamos tanto a iniciativa dele quanto as suas colocações. Sérgio afirmou:
“Achei maravilhoso! É isso mesmo, rapaz você soube resumir bem a ideia central
do vídeo”. Conversamos bastante sobre os elementos que continham o recurso e os
alunos gostaram tanto que pediram para passar novamente. Repetimos e percebemos
a sintonia e o princípio da conscientização acontecendo.
O outro vídeo trazia o tema “Consumismo
e Materialismo destruição da sociedade”, retratava estatísticas ilustradas com
animações em desenho que apontavam que quanto mais o ser humano consome além do
necessário, mais infeliz ele é. Essa proporção inquietou a turma. Começou o
debate paralelo, cada um queria dar uma opinião. Uns concordando e outros não
pensavam por essa linha quando a aluna Cailane disse que tinha uma tia que vive
comprando coisas e que depois nem usa, tipo bolsas, vestidos... Além de
reclamar que está sempre sem dinheiro. Abrimos esse momento para diversas
opiniões, sempre acrescentando e registrando as pontuações da turma para
devidas colocações.
Sérgio acrescentou que não
era um tênis de marca ou um celular novo e etc., que vai nos fazer mais
felizes, mas sim, o nosso equilíbrio físico e mental, andar, correr, brincar,
viajar, passear, conhecer pessoas, cuidar da natureza, sair com amigos e
familiares, são essas relações pessoais de convivência simples que podem fazer
toda diferença para sermos pessoas melhores e mais felizes.
Repetimos o segundo vídeo,
sendo que dessa segunda vez pausamos em diversos pontos que achávamos
relevantes e a todo instante buscando deles o vocabulário de diversas
expressões. Exploramos todas as falas que eles trouxeram, visando tecer a
problemática do Consumismo e a entrada/saída inconsciente da LI em nosso dia a
dia. Encerramos esse primeiro encontro com a sensação de êxito. Finalizamos agradecendo
a participação de todos e pedimos que trouxessem para o próximo encontro rótulos,
anúncios, objetos ou imagens de produtos que eles costumam consumir com certa frequência
e que tivessem palavras e expressões em Língua Inglesa. Alguns anotaram outros
não. Insistimos que anotassem antes de sair da sala. Percebi que o último
horário deixa a turma mais inquieta e ansiosa afinal é meio dia e todos estavam
famintos e ansiosos para ir para casa.
11.3
RELATÓRIO DO TERCEIRO ENCONTRO – 17/04/2017
Uma semana se passou desde o
primeiro contato com a turma. Eu e Sérgio repassamos nosso planejamento para
esse segundo momento ter tanto êxito quanto o primeiro, pois o retorno da turma
foi bem agradável. Combinamos de chegar à escola 10h já que a aula começa
10h35min, mas eu cheguei 09h. Sérgio mora em no bairro Caminho de Areia que é
próximo eu moro bem mais distante no São Caetano, e o engarrafamento é
constante. Saio bem cedo com receio de atraso. Por um lado chegar cedo é bom me
permite a fazer anotações, conhecer a rotina de uma escola Militar e coletar
materiais para o relatório final de estágio. Sérgio também chegou cedo e eu já
o aguardava na sala dos professores. Conversamos um pouco, mostrei a ele minhas
anotações acerca das áreas internas e externas da escola, mostrei algumas fotos
que consegui tirar quando o sinal tocou.
Dirigimos-nos até sala de
aula, e ao entrarmos a aluna Bianca Santos apresentou a turma que em posição de
sentido e disse:
__ “Presente na sala de aula
a professora Arilma e o professor Sérgio ambos da disciplina Língua Inglesa.
Sentido, descansar, à vontade”.
Essa sensação é
indescritível. Essa doutrina militar melhora muito o respeito no ambiente do CPM.
A formalidade com a qual é conduzida a rotina escolar colabora
significativamente para o processo de ensino aprendizagem uma vez que o
respeito ao outro esta acima de tudo. Não sei se em todas as salas funcionam
assim. Mas, conosco nessa sala esta funcionando. Sabemos que o novo também
ajuda muito nessas situações. Todos obedeceram aos comandos da xerife. Cumprimentei-os
e Sérgio perguntou como foi a semana de todos. E cada um foi colocando suas
atividades, uns contentes outros sem novidades... Depois desse momento de
acolhimento, tratamos de cobrar a tarefa que pedimos na aula passada.
Perguntamos pelos recortes e embalagens de produtos com expressões em LI. Alguns
responderam que trouxeram e outros foram montando suas desculpas ou nada
disseram. Abrimos acesso ao uso do celular ou dos dicionários que ficam na
biblioteca da escola para que possam pesquisar e traduzir as expressões. Essa
atividade poderia ser em dupla ou em trio.
Dando continuidade com a
expressão: What I like to buy? and why ? e pedimos a leitura, como um
quebra cabeças e de forma aleatória foram traduzindo que buy era comprar, like era
gostar e logo montaram a tradução: O que gosto de comprar? e por quê?. Ansiosos
já foram respondendo diversas coisas que gostavam de comprar. Enquanto Sérgio controlava e interagia entre
eles eu fui colocando os slides que preparamos com um poema The Parts
of Speech poem em inglês para uma revisão das classes gramaticais contida
em cada verso. Vimos o adverb ( advérbio), o pronoun ( pronome), conjunction
(conjunção), verbs (verbos), noun (substantivos), adjective (adjetivo), preposition (preposição) e interjection ( interjeição). Revisamos
suas funções e colocações na estrutura da frase em inglês. Então observamos a
estrutura e o posicionamento de cada elemento gramatical descrito. Logo em
seguida, no outro slide exibimos essas classes gramaticais num mapa conceitual,
com suas definições e exemplos. A intenção era ampliar a visão da estrutura da
Língua Inglesa assim como é a Língua Portuguesa. Nossas colocações eram bem aceitas
pelos alunos, mas percebi que o trato com o segundo idioma era muito pouco.
Pedimos que, em casa, colassem
o poema no caderno e circulassem as palavras de fácil tradução no poema antes de pesquisar
a tradução. Alguns já foram tentando traduzir palavras do poema que
correspondiam a verbo, substantivo, pronomes, entre outros assuntos. Antecipamos
logo a tarefa de casa, pois se deixássemos para o final da aula poderia ser que
não desse tempo.
Em continuação da aula, cada
aluno, retomamos a expressão proposta no início e com o auxílio do dicionário,
irá responder as perguntas: What I like
to buy? and why . Com base nos
objetos ou nas imagens pesquisadas que vocês trouxeram referente ao consumismo
elaborem as respostas observando a posição correta dos verbos e adjetivos na
Língua Inglesa. Como os exemplos que vamos mostrar agora. Sérgio exemplificou a atividade proposta
dizendo:
__Digamos que uma aluna
trouxe imagens de sapatos. Então, ela poderá responder dessa forma I like to buy shoes because I feel
more beautiful. (eu gosto de comprar sapatos porque eles me deixam mais
bonita). Já um garoto que trouxe óculos escuros, apontou para o aluno Gabriel,
ele pode dizer: I like to buy dark
glasses because they make me more charming (eu gosto de comprar
óculos escuros por que me deixa mais charmoso). Por tanto mãos a obra,
estaremos aqui eu e Arilma para orientá- los.
Escrevi as expressões no
quadro e pedi que cada um montasse sua frase e um poderia ajudar o outro. No
final tentaríamos montar um diálogo.
Essa mediação iria
desenvolver primeiramente as habilidades de reading
e writing, e no segundo momento speaking e reading. Bem como iria abrir portas para questionamentos acerca do Materialismo
e da Futilidade Capitalista. E foi enriquecedor esse momento.
Organizados em dupla, pedimos
que um aluno perguntasse ao outro: What I
like to buy? and why. Fiz dupla co
Sérgio para facilitar o entendimento
da proposta.
Muito riso, muita timidez e
gagueira, mas todos participaram da dinâmica. O propósito foi alcançado com o
treinamento das habilidades durante as apresentações. Agradecemos a
participação de todos e percebemos que esse segundo contato com a turma foi bem
mais descontraído.
Enfatizamos sobre a
atividade do poema para casa e comentamos a proposta de trazerem alimentos que
consomem no café da manhã na próxima aula. Tanto eu quanto Sérgio também
iríamos contribuir e aprenderíamos comendo. Todos adoraram a proposta. Ficaram
animados e nos também, pois os primeiros gestos de carinho começaram a surgir.
Parece que estávamos agradando. E não deixamos brechas para que ficassem
dispersos ou pudessem o foco da nossa proposta. Fomos abençoados a turma é
maravilhosa. Nos despedimos e notei que pelos corredores as meninas já iam
articulando em fazer listas do que iam trazer para o café.
11.4 RELATÓRIO DO QUARTO ENCONTRO
– 24/04/2017
Nossa! Como choveu esta
manhã. Tudo engarrafado e eu sai bem cedo, pois seria certo me atrasar. Sérgio
chegou um pouco depois do horário de costume. Quase se atrasa.eu já estava na
sala dos professores aguardando-o, depois que nos cumprimentamos, caminhamos em
direção a sala e ao apontar no corredor a aluna Xerife da semana Cailane
Cassandra já aguardava na porta da sala para dá inicio a rotina do xerifado com
a chegada de cada professor em sala de aula. Após a apresentação, durante o
nosso bom dia, A turma estava bem barulhenta, Sérgio, com uma voz mais firme
pediu silêncio, e aos poucos, o ruído entre as conversas paralelas foram
diminuindo. Nada que fugisse o normal da juventude eufórica. Percebemos que era
por causa do combinado do café
Sérgio fez a chamada enquanto
comecei com as meninas a organizar os itens do café. Eu levei diversas frutas
já cortada para o consumo e sem casca, para não manusearmos facas, uma tolha
para forrar a mesa, e em seguida todos foram colocando os alimentos que
trouxeram. A mesa estava farta e
apetitosa.
Ansiosos para comer, abrimos
os questionamentos com a temática: What
products do I consume for breakfast? (Quais os produtos que consumo no café
da manhã?). Foram respondendo em Língua materna. Aceitamos mas, logo em seguida
desejamos em Língua Inglesa, esta por sua vez a pauta do nosso projeto. Retomei
a lembrança.
Assistimos um vídeo sobre a Black Friday. A proposta foi mostrar
como ocorre o consumismo, ratificar a importância e a influência da Língua
Inglesa, presente em nosso cotidiano. Pedimos também que durante a
apresentação, eles anotassem os verbos (verbs), os adjetivos (adject) e os nouns (substantivos) assim fizeram alguns, enquanto outros ficaram
surpresos com a eloquência das pessoas quando se abre as portas neste dia de
compras.
Um aluno disse a Sérgio que
aqui temos “blackfraude”, Sérgio
concordou respondendo que aqui no Brasil pode até acontecer em algumas lojas de
departamentos, mas nos Estados Unidos essa liquidação é séria e atrai milhares
de pessoas do mundo inteiro.
Diversos comentários foram
montados em volta do vídeo e eu retomei a lembrança do nosso primeiro vídeo do
homem consumista, buscando tecer uma relação de sentidos e conseguimos, pois o
aluno Fidelis disse que às vezes comprar é compulsão e quando a palavras esta
em inglês as pessoas gostam mais. Realmente as duas asserções de Fidelis é
pertinente. Tem pessoas que compram por compulsão psicológica e precisa de
cuidados médicos, bem como a mídia e seus textos publicitários sabem alienar
direitinho o consumidor desavisado. Mas, cabíamos a nos, uma vez já
conscientes, conversas alertar amigos e familiares do mal do Consumerism.
Depois de comentarmos sobre
o vídeo, fizemos uma dinâmica com os alimentos que os alunos colocaram na mesa.
Cada aluno ao montar seu breakfast, só
poderiam escolher os alimentos que soubessem ou encontrassem seu significado em
inglês e pronunciasse. Mesmo que incorreto, estava valendo a intenção e a
oralidade.
Ícaro estava com fome e se
apresentou imediatamente dizendo que queria comer. mostrou o que iria degustar
como bread,, cheese, cookeis e grape juice, todos aplaudiram e queriam vir
logo antes que acabasse.Eu e Sérgio parabenizamos dizendo:__. Congratulations.
A segunda foi Jamile essa
aluna é muito engraçada e agitada também, montou seu prato com frutas disse que estava light, que é fitness e
foi falando melon, apple, strawberry juice, e quebrou a dieta com chocolate cake. Todos riram dela
Foi uma aula muito
divertida. Perguntamos o que eles acharam e eles amaram, Fidelis disse que
nunca viu uma aula de Inglês assim, pois só aprendia o verbo To be e demonstraram que estávamos no
caminho certo.
Antes de encerrar Sérgio
pediu atenção para o combinado da próxima aula. Imediatamente foi interrompido
por Ícaro perguntando se ia ter comida. Que deveríamos fazer mais vezes o café.
Sérgio aceitou a ideia e informou que iríamos dividi-los em pequenos grupos e
com a ajuda do celular ou dicionário deveriam criar um slogan a partir de um produto já existente no mercado. Começaram a
questionar o que era um slogan e eu
resumidamente expliquei. Ok!
pesquisem. Na semana que vem explicaremos melhor. Então, Sérgio completou
dizendo:
__Beijos, bom dia. E como
diz uma maravilhosa professora de inglês bye
bye see you next class. Eu não me contive, foi muito engraçado. Dividir
essa experiência de Estágio com Sérgio foi uma aventura inesquecível.
11.5 RELATÓRIO DO QUINTO ENCONTRO –
04/05/2017
Segunda-feira dia 01 de maio
foi feriado dia do trabalhador. Para repor essa aula ainda nesta semana tivemos
que pedir aos professores se algum deles poderia ceder outro horário. A professora
a soldado Lima, que leciona Instrução Policial Militar (IPM) e a professora
Angélica que ensina Educação Física, disponibilizaram suas aulas para nós,
contudo na quinta-feira o horário é bem cedo.
Informamos
a coordenadora Manoela e esta por sua vez, avisou a turma previamente. Chegando
para a aula na quinta, bem cedinho, Caio Aguiar, era o xerife da semana, nos
apresentou e demos seguimento ao planejamento com os Advertising texts.
Apresentamos alguns textos
publicitários a exemplo de anúncio, folder, slogan que exibiremos nos slides.
Dividimos os alunos em trio. Formamos seis equipes. Eles iriam criar um slogan
de um produto já existente no mercado. Para a criação vamos estabelecemos 20 minutos,
e logo após cada grupo vai mostrar o slogan original junto com o slogan criado
(em inglês) e explicar em português por que escolheram esse produto.
Com o adiantar dos minutos
surgiu a primeira execução:
§ as
alunas Jaiana, Fernanda e Bianca Hellmann's",
que agora em vez de ser “a verdadeira maionese", Será maionese Hellmann's" Delicious even in taste (Gostosa até no sabor);
§ Fidelis,
Ícaro e José Carlos chamou a atenção com o slogan Globo , a gente desliga você,
auxiliamos eles na tradução ficando: Globo, We turn you off
§ O slogan da loja Tem de Tudo ganhou uma
nova roupagem, o original é “Você sonha. A gente realiza”. Agora seria Your wish is our satisfaction ( Seu
desejo é a nossa satisfação) ;
§ Aline , Ana e Diego que mudaram o slogan da
Caixa Econômica Federal, que em vez de “Vem pra caixa você também, vem”, mudaram
para “Run to the box if it goes well”
(Corre para caixa pra se dá bem, meu bem)”.
Explicamos ainda mais sobre
os textos publicitários suas características e poder persuasivo da propaganda
midiática. A todo instante eles se animavam com as propostas inovadoras do
nosso projeto e por consequência nós também, pois tudo estava dando certo.
Elogiamos o desempenho de todos. Corrigimos os cadernos com a tradução do poema
The Parts of Speed. À medida que
íamos corrigindo eles iriam saindo da sala. Enfim, mais um encontro cumprido.
Procuramos a coordenação
para liberar a autorização para trazermos dinheiro fictício na próxima aula,
pois pretendíamos trabalhar com simulação de vendas de produtos, conforme
projeto já apresentado. A coordenadora Manoela disse que não haveria problema e
que podíamos trazer para realizar a atividade. Mas achamos melhor perguntar,
pois tudo é devidamente avisado. Existe uma burocracia militar que deve ser
cumprida. Quem somos nós para burlar.
11.6 RELATÓRIO
DO SEXTO ENCONTRO – 08/05/2017
Um novo encontro. Passamos
da metade de nosso desafio. Pensamos que o regimento interno do CPM iria vetar
nossas programações, mas não tudo estava caminhando bem e a turma esta
colaborando e comentando do nosso trabalho com outros professores.
Hoje, como acontece toda
semana com a mudança do xerifado, o aluno xerife é o Diego Cavalcante,
prosseguiu com os comandos do xerifado.
Cumprimentamos-los e
Perguntamos como foi mo finam de semana. Estavam sonolentos desmotivados. E uma
conversa de inicio foi ajudando aquecer a aula.até sem perceberem já estávamos
dando o continuidade ao projeto. Chegamos em artigos de marca, produtos que são
consumidos ou comprados não pela qualidade, mas pela indução da propaganda.
Depois de exposto alguns
produtos sobre a mesa, Sérgio começou a instigar o raciocínio deles
convidando-os a imaginar que estavam num Shopping Center. Quem gosta de passear
no shopping? Foram diversas colocações, daí todos tiveram sua vez de falar as
marcas que lembravam com nomes em inglês:
§ creme
dental close up,
§ os
sabonetes albany,
§ o
shampoo Clean ,
§ o arroz Blue
Ville,
§ as
pastilhas Halls,
§ o
papel higiênico scott ,
§ a
batata fritas ruffles,
§ queimado
Ice Kiss, lilith entre outros.
Durante
o passeio, além de vocês comprarem os produtos (com dinheiro fictício) um dos
componentes do quarteto terá que escrever em inglês nesse papel metro fixado na
parede um outro produtos relacionado em ingl/~es..
Por exemplo se comprou o sabonete albany. Pode escrever o sabonete protex. A medida que acertavam eu ia
anotando um sinal de positivo. Orientamos para eles consultarem o celular, ou
no livro didático os nomes antes, pois no momento da escrita não poderia
rasurar nem colar (pescar).
O cartaz ficou repleto de
nomes, alguns valendo outros não, mas todos participaram de alguma forma. seja
sentado pesquisando ou de pé escrevendo no cartaz.: babaloo, Champion, chamyto, bob`s, hersheys, confort, dove, Coca-cola,
Cake, Johnson e Johnson, listerine, Nike...
Batemos um papo acerca do
poder persuasivo que a mídia tem sobre nos através das propagandas como um todo.
Recursos gráficos, cores e embalagens
para atrair a atenção são direcionadas para o público alvo e a intenção dessa
atividade e refletir se o que importa é a marca ou a necessidade. Fiquem
espertos!. Ao sair da sala algumas
alunas nos acompanharam querendo saber o que teríamos na próxima aula. Deixei
Sérgio explicando e fui correndo cumprimentar a professora Maria Rita que
estava saindo de outra sala. Conversamos um pouco. Falei que estava gostando
muito ela acrescentou que outras turmas estavam querendo a gente como
professores. Fiquei muito contente e orgulhosa. Ainda bem que essa comparação
não causou nenhum dissabor. Fiquei com receio disso, mas o ambiente está cada
vez mais agradável. Ela me pediu que montasse uma avaliação diagnóstica com os
conteúdos abordados por nós e entregasse na coordenação para que fosse
xerocado.
Perguntei a ela como fazíamos para reservar a
sala de vídeos, pois queríamos passar trechos importantes do filme: Os delírios
de consumo de Becky Bloom na próxima
aula, ela me orientou a pedir a chave ao policial que estava no corredor então
assim prossegui. Reservei a sala e logo chegou Sérgio para irmos embora. No
caminho comentei com ele sobre a avaliação diagnóstica e que durante a semana
iríamos montar para entregar quanto antes a coordenação.
11.7
RELATÓRIO DO SÉTIMO ENCONTRO – 15/05/2017.
Dando seguimento ao
relatório de estágio, hoje planejamos passar trechos do filme “Os delírios de
consumo de Becky Bloom”.
Explicamos a programação de
hoje a Xerife do dia, a aluna Elba Cerqueira, seguindo o nosso planejamento ela
comandou pedindo que os alunos, em fila indiana seguissem para a sala de áudio
e vídeo que fica localizada ao lado da quadra. Quando a turma chegou, cumprimentamos
e perguntamos se já haviam assistido a esse filme. Deixamos uma foto na
projeção. Nenhum deles havia assistido. Alguns já viram na Netflix, mas nunca tiveram interesse em assistir.
Pedi atenção e informei que
a narrativa conduz a personagem ao consumo exagerado e como pode se tornar uma
patologia, uma doença, com alguns riscos para a saúde. Em seguida, pedimos que
observassem trechos do filme que mais lhes chamou a atenção, destacando expressões,
palavras, marcas, produtos que apareceram no decorrer da história. Preparados,
então, caneta e papel nas mãos e vamos trabalhar, lembrando que após o filme
vocês entregarão as atividades e arrumarão a sala que tem que estar limpa como
encontramos.
Nem todos cumpriram a
atividade, mas quando questionamos e relembramos as passagens do filme Jamile
disse que a personagem retrata uma pessoa desequilibrada que não conseguem
administrar seu próprio dinheiro, personagem da jornalista Rebecca Bloom, é uma
consumista. tem a dívida alongada com bancos, lojas diversas. O enredo e
fictício, mas muitos alunos identificaram alguém em situações parecidas.
Fizemos um levantamento de
detalhes da trama e muito gostaram das nossas observações e o bate papo só
ficava mais agradável e construtivo.
No livro deles, passamos uma
atividade da página 69 e 70. Vocabulário em contexto, usando adjetivos e
substantivos. Nos despedimos da turma e
seguimos para a coordenação para entregar a nossa avaliação diagnóstica.
A coordenadora Manoela analisou e levou para o
setor de xerox. Ao entregarmos avisamos a ela que o material já havia sido
analisado para a professora regente Maria Rita, que aprovou de imediato e que
valeria (3,0 pontos) como atividade complementar da II unidade.
11.8 RELATÓRIO DO OITAVO ENCONTRO – 22/05/2017
Cheguei tão cedo que os
portões ainda estavam fechados. Esqueci de reservar a sala de áudio e vídeo e
hoje combinei com Sérgio em passar uma música do grupo Plebe Rude e se eu não conseguisse a sala teria que partir para o
plano B: que seria trabalhar apenas a
letra impressa sem o áudio.
Estava torcendo para não ter
nenhuma reserva, pois não podemos atrasar a programação do projeto em nada e
tudo teria que dar certo. Mas sempre pensamos na possibilidade de outro plano.
Mas, não foi dessa vez que partimos para o plano B, pois o colégio tem duas salas
de áudio e uma delas estava livre. Encontrei com Sérgio que vinha no corredor
conversando com uma aluna de outra sala.
Érica Reis comandou os
procedimentos do xerifado. Sérgio fez um apanhado da aula da semana passada e
informou que iríamos ouvir uma música, que era pagode, ou arrocha, nada temos
contra esses ritmos musicais, mas vamos ouvir um rock cantado pela banda Plebe
Rude, que compôs a música chamada “Consumo. Agora voltando a música, a
composição diz assim, vamos ouvir.
Distribuímos cópias para que
pudessem acompanhar a canção. Depois de ouvir a música em trio os alunos se
apresentaram e destacaram o que interpretou com a música brasileira.
Com a apresentação dos
grupos percebemos que os alunos estavam atentos e responderam trata-se de uma
realidade das pessoas consumistas como nos vídeos que levamos, nos slides, no
filme e na música afirmou o grupo de Ícaro que conversa bastante mas as
colocações deles são bastante pertinente.
O grupo de Diego pontuou que
se tratava da “síndrome do consumismo”, ou seja compram se nem saber por que e
se precisam daquilo e depois se dão conta que gastaram mais do que podiam.
Sempre buscamos transmitir
as relações e as nossas intenções e isso parece que ficou bem claro. A
interpretação da canção ficou tecida e arrematada por todos , cada trecho
analisado nos levava para um raciocínio lógico da problemática em questão.
Queriam ouvir outras músicas e então eu pedi que deixassem sugestões por
escrito e eu iria pesquisar o contexto, pois toda aula deve ser planejada.
Fizemos uma revisão de tudo
que vimos, comentamos com eles acerca da Avaliação diagnóstica e da atividade
complementar que seria a nota do nosso projeto e a participação de todos nas
atividades propostas. Nesse momento Sérgio avisou a eles que tínhamos apenas
três encontros e que nosso período de estágio estava chegando ao fim.
Imploraram para que ficássemos até o final do ano. E foi só carência, não
queríamos e disseram que iam pedir a Coordenadora Manoela para a gente ficar.
Sérgio disse que estamos adorando tudo, eles, a escola, mas temos que cumprir o
regulamento que define um tempo limite para os professores estagiários, mas nos
veremos sempre. Até queríamos, mas não podíamos. Agradecemos o carinho e
alertamos que na próxima segunda seria a avaliação diagnóstica, ou seja, uma
verificação de aprendizagem. E passamos os conteúdos para eles confirmando a
aplicação e ensino de cada item. Vai que u,m deles diz que tal conteúdo não foi
dado?!
Cobraremos na avaliação: questões
interpretativas relacionadas ao consumismo, materialismo e ao consumo
consciente, alternativas baseadas no contexto da Importância da Língua Inglesa
juntamente com as part of speech, que
são os assuntos gramaticais que vimos e exercitamos no decorrer das atividades
como emprego do verbo imperativo, posição dos substantivos e adjetivos nas
orações. Revisem e estudem. Beijos, boa semana.
11.9
RELATÓRIO DO NONO ENCONTRO – 29/05/2017
O dia amanheceu com muita
chuva, logo tudo engarrafado, pedia a Sérgio que me pegasse no Largo de Roma,
pois eu ia pegar dois ônibus com medo de me atrasar. Combinamos então 10 horas
no Largo de Roma.
No colégio fomos direto para
a coordenação falar com a coordenadora Manoela buscar a nossa avaliação que
seria aplicada na sala após a apresentação da aluna xerife Fernanda Santos. A
sala já estava organizada em ordem alfabética pelo Xerife Fernanda, eles já
sabem que é assim como convém à regra do colégio, nos dias de avaliação. Conversamos
um pouco. Sérgio perguntou se tinham estudado, alguns disseram que passearam e
outros que ficaram em cima do livro o domingo inteiro.
Tomamos os cuidados de
orienta-los para ter um bom rendimento na avaliação e que não tivessem pressa
para executá-la, pois teriam dois horários para responder e que se tivessem
dúvidas era só suspender a mão que iríamos ao encontro deles, porém o
entendimento do enunciado faz parte da avaliação. Então leiam com atenção!
A medida que foram
terminando poderiam aguardar no pátio.
O capitão Nadson da Unidade Disciplinar
é quem faz a liberação das turmas, eles não acabam e vai embora não. Tem toda
uma solenidade para ir embora. Já estão acostumados, mas disseram que no começo
foi difícil. As meninas não podem pintar as unhas. Cabelos sempre preso no
coque. O penteado chamado rabo de cavalo só é permitido em dia de Educação
Física. E o Xerife do dia é identificado pela cor da farda que é azul. Tem toda
uma organização própria. Muito interessante!
11.10 RELATÓRIO DO DÉCIMO ENCONTRO – 05/06/2017
Hoje, foi o dia que
combinamos para fazer a devolutiva das avaliações diagnósticas. Dividimos o
fardo de provas ao meio. Eu fiquei com uma parte e ele com outra. Quando
cheguei à escola Sergio já estava me esperando com a parte dele toda corrigida
e passada a nota. Eu corrigi, mas não tinha passado ainda, fui terminar na sala
dos professores, uma vez que faltava 20 minutos ainda para começar nossa aula.
Sergio ficou me esperando e
quando tudo estava correto, fomos para sala quem nos recebeu foi o Xerife dá
vez, o aluno Gabriel. Organizamos a sala em semicírculo para fazermos e entrega
e correção da avaliação diagnóstica que realizamos na semana anterior. Lembrando
a vocês que essa valeu 3,0 que serão utilizados como atividade complementar da
II unidade. Conforme descreve por unidade o organograma de pontuação do CPM: Prova por área 2,0; Atividades Complementares
3,0; Qualitativo 1,0; Avaliação Conclusiva 4,0; totalizando dez pontos. No
escore final a turma se aiu muito bem na avaliação. Fizemos juntos a leitura e
a correção da avaliação, pontuamos algumas características para resolver
questões de múltipla escola. Enfatizamos que o reconhecimento dos gêneros
textuais era importantíssimo para responder a prova do ENEM e de qualquer
concurso, pois em 2018 todos estarão no Ensino Médio.
Desejamos
sucesso, agradecemos por toda nossa estadia e principalmente pela troca de
aprendizado. Sérgio, parabenizou, aconselhou e agradeceu pela
dedicação nessa construção do conhecimento e na realização desse projeto que
aprendemos juntos. Agora queríamos ouvir deles o que gostariam de falar? O que
acharam das aulas e da avaliação? José Carlos foi o primeiro ao levantar a mão dizendo
que estava na escola há três anos e nunca participei de aulas de inglês tão
divertidas e interessantes, adorei tudo que vocês fizeram espero que outros
professores também tragam boas ideias como estas. Ficamos muito contentes e o
abraçamos. Jamile pontuou um pouco chateada, achou o tempo curto, queria que
ficássemos até o fim do ano e que amou a ideia de dois professores numa sala,
disse que s alunos ficam mais quietos e que eu e Sérgio fazemos uma dupla
perfeita. Sérgio ficou emocionado. Agradecemos a Deus por ter nos proporcionado
momentos como esse, o reconhecimento é realmente o retorno gratificante que
todo profissional espera. Em seguida explicamos o que é Culminância e
combinamos os detalhes para o próximo e último encontro.
Iremos realizar a montagem
de um varal de camisas que tenham expressões, frases e orações em inglês,
portanto vasculhem armários e guarda roupa e tragam a sua camiseta, não precisa
ser nova, tanto faz o que irá valer é a frase.
Além disso, vamos realizar um delicioso café da manhã já que gostaram
tanto do outro que fizemos. Quem topa? Eu perguntei e todos e começaram a
gritar e se articular para a listagem se alimentos. Tragam o que vocês quiserem
suco, bolo, pão, estejam a vontade, disse Sérgio e tivemos a ideia de convidar
a professora Maria Rita para compartilhar conosco esse momento inesquecível. Saímos
da sala e fomos procura-la. Quando encontramos ela estava saindo do 9º A e
pedimos para dar um pulinho em nossa sala na próxima segunda-feira, pois
estaríamos encerrando nossas atividades. Ela agradeceu e muito animada prometeu
ir com certeza. Caminhamos então para a saída da escola.
11.11 RELATÓRIO DO DÉCIMO PRIMEIRO ENCONTRO –
12/06/2017
Fechamos
hoje mais um ciclo de aprendizagem. O último encontro transmitia uma sensação
de alívio e saudade, pois lidar com adolescentes é dif´cil porém compensador. Fiquei
receosa da turma não lembrar de levar as camisas e como não tenho tantas assim
com frases em inglês, pedi a minha amiga Priscila para me emprestar camisas
dela para montarmos nosso Clothesline, o
varal de camisetas. Ela conseguiu providenciar sete camisas com frases em
inglês. Sérgio levou mais três camisas e diversos alunos também levaram. Fiquei
presa no engarrafamento e muito angustiada, justo hoje que temos tanta coisa
para fazer. Liguei para Sérgio ir organizando a turma sem mim mesmo. Desci do
ônibus peguei um Uber para agilizar. Quando desci na Beira Mar encontrei Sérgio
tentando capturar sinal na rua para ligar para mim. Eu estava super chateada
com o engarrafamento do último dia ele me tranquilizou e eu não parava de me
explicar.
Tudo já estava organizado, a
mesa do café, os cartazes e dizeres no quadro. Realizamos a exposição de tudo
que produzimos ao longo desses dois meses.
Tudo pronto, agora vamos para a montagem do varal. A sala toda
participou, após colocar a corda, cada aluno, com a sua camiseta, foi colocando
e tornando o varal cada vez mais colorido e diversificado com frases e
expressões em inglês.
Terminado o varal, a nova convidada
a professora Maria Rita entra na sala e parabeniza o trabalho realizado por
nós. “Estive acompanhando vocês e ouvia os elogios pelos corredores belíssimo
trabalho. Estou muito satisfeita com resultado Congratulations”, enfatizou a professora. Agradecemos e com certa
timidez demos continuidade a montagem e do varal, pois cada aluno com ajuda do
dicionário vai traduzir as expressões que estão na camisa de colega. Todos tentaram traduzir,
até a professora pegou o celular para tentar traduzir uma camisa que estava bem
difícil. Enquanto eu fotografava, Sérgio com o auxílio da professora instigava
os alunos a decifrar as frases. Foi muito bom. Quem chegasse na sala poderia
pensar que era uma bagunça, mas que estava proporcionando um contato único,
pois nunca tinham realizado atividades assim.
Agradecemos a Deus, a
professora Maria Rita por acreditar na gente, a turma pelo carinho, respeito e
colaboração e emocionado. Saibam que foram importantíssimos para nossa formação
pessoal e profissional e todos puderam se servir pegando o que mais gostava no
café pois tinha de tudo.
12. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO
Ter realizado esse estágio
foi uma experiência gratificante, porque possibilitou um instrumento de aquisição
de um mundo novo, num ponto de vista crítico e esclarecedor. Possibilitou
também a vivenciar experiências inovadoras, que nos trazem a realidade da nossa
sociedade, da educação e como também do sistema escolar.
Nesse momento, tive a
oportunidade de verificar como se constrói um espaço de produção de
conhecimento dentro do ensino público, desenvolvida no dia a dia através de um
processo criativo e inovador. Contudo, posso afirmar que essa experiência
contribuiu bastante para minha formação
Quando fizemos o
estágio de observação acompanhávamos um professor regente analisamos a postura
de todos que fazem parte da equipe pedagógica e administrativa. Todavia, no
estágio de regência, nos somos o professor.
Precisamos como professor,
ter uma postura interdisciplinar, estimular os alunos a trabalhar a imaginação,
percepção, capacidade de analise, síntese, capacidade de criar estratégias e
pensamentos abstratos em suas atividades e objetivos. Mas os alunos do noturno
não entendem uma aula dinâmica como aula. Acham que aula é apenas copiar.
Reclamar quando saem do tradicional.
De um modo
geral, só pude meditar sobre essas questões com a oportunidade do estágio, por
isso se faz tão importante para a formação profissional de um educador.
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A experiência do
estágio Il de Língua Inglesa como regente me alegra em saber que já faço perto desse
mundo da educação, atuando como ser de transformação dentro das alegrias e
tristezas de uma sala de aula.
Tentamos
analisar as crianças em diversos aspectos, seja individual ao coletivo, pois, para
Gardner, a escola deveria ser modelada de forma a atender às diferenças entre
os alunos, em vez de ignorá-las, e ao mesmo tempo garantir para cada pessoa a
possibilidade de uma educação que aproveite ao máximo seu potencial
intelectual. Nesse sentido, seria papel da escola buscar uma educação centrada
no indivíduo - mas não individualista, que levasse a sério as inclinações, os
interesses e os objetivos de cada aluno.
Trabalhar
com publicidades foi muito importante para despertar a atenção do aluno para
questões como o consumismo, a necessidade de ter uma visão crítica sobre anúncios
e propagandas, desde os recursos publicitários expandimos para as portas de
entrada e saída da língua inglesa no cotidiano.
A disciplina comportamental
do Colégio Militar para com a ordem e convívio dos alunos é completamente
diferenciada das outras redes públicas de ensino. A hierarquia está em primeiro
lugar. Tudo é passado pelo Tenente-Coronel, não há uma liberdade de projeto sem
que seja analisada minunciosamente e ganhe o aval militar ou pedagógico. Essa
medida por muitas vezes impossibilita o novo e diferenciado.
Concluindo esse
estagio faço a seguinte reflexão que o ser professor é uma profissão crucial
que lida com doutrinas institucionais, saberes diferenciados e com a formação
humana em que a busca por aperfeiçoamento é eterna.
Entender o seu papel na sala de aula ajuda
você a organizar seu planejamento.
O papel do professor é entender as
necessidades dos alunos, engajá-los em suas experiências de aprendizagem,
mediar, organizar, aconselhar e facilitar, o que inclui: conhecer os alunos e
seus interesses, habilidades e estilos de aprendizagem, planejar o ambiente e
as rotinas em sala de aula, planejar e organizar a instrução, pesquisar, etc...
Lembro das palavras de Paulo
Freire:
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”
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Línguas Estrangeiras: Convergências e Tensões, 2009. Disponível em:
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