sábado, 24 de junho de 2017

Relatos do Estágio em Regência

O Estágio passa a ser na Instituição cedente em 03 de abril a 19 de junho e todos os momentos relevantes estão registrados nesse relatório a seguir:





CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO

CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS COM HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA, LÍNGUA INGLESA E SUAS RESPECTIVAS LITERATURAS.




ARILMA DE JESUS SILVA PINTO





RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - REGÊNCIA






Salvador - BA
2017.1






ARILMA DE JESUS SILVA PINTO






RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - REGÊNCIA




Relatório de Estágio Supervisionado Regência apresentado ao Curso de Licenciatura em Letras Vernáculas com Inglês do Centro Universitário Jorge Amado, como requisito obrigatório para obtenção da nota da disciplina Estágio em Docência: Prática de Ensino em Língua Inglesa lI. Orientadora: Prof. Esp. Gina Maria Imbroisi Teixeira.





Salvador-BA
                                                       2017.1







Agradeço em primeiro lugar a Deus por ter me dado coragem, persistência e forças para cumprir mais esta etapa da minha vida acadêmica. Agradeço a minha orientadora de Estágio Gina Imbroisi por nos fornecer as bases fundamentais para realização desse relatório. Agradeço ao meu colega de curso Alessandro Sérgio Sampaio Cavalcante por ter me dado o maior apoio na organização e produção desse trabalho, pois sem ele, seria mais difícil. Agradeço a todos os meus familiares e amigos, que de certa forma compreenderam minhas ausências. Agradeço aos funcionários, ao Tenente Coronel Welder, a vice-diretora Clarice, a professora Maria Rita, aos alunos do 9º ano D pela paciência e aceitação, ou seja, ao Colégio da Polícia Militar – CPM João Florêncio Gomes, por ter me dado essa oportunidade, por ter me aceitado como estagiária e ao Centro Universitário Jorge Amado por ter me proporcionado não só este, mais diversos outros aprendizados.

















































“O interesse pela transformação social em sala de aula, contudo, envolve
essencialmente o modo de como os professores e, especificamente, o de línguas concebe a natureza da linguagem e da identidade social. É um aspecto fundamental em curso de educação de professores de línguas.”
Moita Lopes






RESUMO

O presente artigo faz parte das exigências curriculares do Curso de Licenciatura em Letras com Habilitação em Língua Portuguesa e Língua Inglesa e suas respectivas literaturas do Centro Universitário Jorge Amado, ministrado durante o sétimo semestre. Tem como objetivo atuar na docência escolar, assumindo a rotina de uma sala de aula observando e relatando o ensino/aprendizagem concomitante à prática do ensino de Língua Estrangeira Moderna (doravante LEM).
O fator que guiou esse trabalho à conclusão foi à consciência da missão ímpar que é legada ao professor de não só ensinar, mas partilhar, compartilhar, trocar conhecimentos, proporcionando o desenvolvimento intelectual dos alunos, colaborando para o despertar de uma visão mais crítica do mundo e terem com isso condição de defender seus pontos de vista através do uso da linguagem.
Esse trabalho é composto por relatos do estágio, atividades, projeto educacional com os respectivos planos de aula que visam apresentar a trajetória, bem como avaliar as reflexões teóricas pautadas pela professora Orientadora: Profa. Esp. Gina Maria Imbroisi Teixeira, através do arcabouço teórico- metodológico que a mesma nos muniu durante o período semestral, este por sua vez contínuo, uma vez que estamos no Estágio ll.
Durante esse período teórico tivemos acesso a diversos fundamentos teóricos, didáticos e instrucionais que nos capacitaram a desenvolver um bom trabalho em campo. Dentre eles destaco: A Teoria das inteligências múltiplas; Escola e Currículo: O que é a escola? De que é feita a escola? Pedagogia de projetos; Análise de livros didáticos; Aprendizagem colaborativa; Estilos de aprendizagens e muito mais. Os conteúdos dessas aulas foram esclarecedores e relevantes tanto para nossa formação acadêmica, quanto para nossa formação crítica-cidadã. Pois, o professor crítico-reflexivo possui como uma de suas grandes características a preocupação com as consequências éticas e morais na prática social. Sempre assumindo o papel de eterno pesquisador, buscando o método mais adequado para as mais diversas situações de sala de aula.

Palavras-chave: Estágio de Supervisionado. Regência. Língua Inglesa. Ensino.



SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO....................................................................................................... 07
2. PERÍODO DO ESTÁGIO........................................................................................... 08
3. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DO ESTÁGIO.................................................. 09
3.1 da localização e do funcionamento da instituição.......................................... .09
3.2 Infraestrutura, Recursos Humanos e materiais ............................................. 10
3.3 Clientela.......................................................................................................... 11
3.4 Dados referente a sala de aula....................................................................... 11
3.5 Caracterização da turma................................................................................. 12
4. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 13
5. PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................................15
6. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 16
8. METODOLOGIA.........................................................................................................16
9. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................. 18
10 OBJETIVOS.............................................................................................................. 25
           10.1 Objetivo Geral............................................................................................. 25
           10.2 Objetivos Especificos.................................................................................. 25
11. RELATÓRIOS CONCERNENTES AO ESTÁGIO II– REGÊNCIA.........................  26
11.1 Relatório do primeiro encontro.................................................................. 26
11.2 Relatório do segundo encontro................................................................. 27
11.3 Relatório do terceiro encontro................................................................... 31
11.4 Relatório do quarto encontro.................................................................... 33
11.5 Relatório do quinto encontro..................................................................... 35
11.6 Relatório do sexto encontro...................................................................... 37
11.7 Relatório do sétimo encontro.................................................................... 38
11.8 Relatório do oitavo encontro..................................................................... 39
11.9 Relatório do nono encontro....................................................................... 41
11.10 Relatório do décimo encontro................................................................. 41
11.11 Relatório do décimo primeiro encontro................................................... 43

12. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO..................................................................................... 44
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 44
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
15. ANEXOS








1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO (A)

1.1. ESTAGIÁRIA (O):
Arilma de Jesus Silva Pinto.

1.2. MATRÍCULA:
 161007969.

1.3.  IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA:
Colégio da Polícia Militar CPM– Unidade Ribeira

1.4. PROFESSORA REGENTE:
Maria Rita

1.5. ORIENTADORA DO CURSO:
 Prof. Esp. Gina Maria Imbroisi Teixeira

1.6. COORDENADORA DO ESTÁGIO CURRICULAR DO CURSO:
Prof. Esp. Gina Maria Imbroisi Teixeira

1.7. COORDENADORA CURRICULAR DO CURSO:
 Profª. Maria Laura Petitinga.





2. PERÍODO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
De 03 de abril até 19 de junho 2017
Turno de trabalho na Unidade: Matutino
Horário: Segunda-feira das 10h:35min às 11h:20min     (5º horário);
                                             11h:20min às 12h:05min     (6º horário).


3. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DO ESTÁGIO

3.1 DA LOCALIZAÇÃO, DO FUNCIONAMENTO DA INSTITUIÇÃO, DO NOME DA INSTITUIÇÃO.
O Colégio da Polícia Militar CPM – Unidade Ribeira está localizada na Avenida Beira Mar, Bairro da Ribeira, (71) 3312-0075, e o email lilivirgens@yahoo.com.br. O Colégio criado pelo decreto 17.624 – D. O. 31.12.1959 está situado na Península Itapagipana, no bairro da Ribeira, numa localização privilegiada na Av. Beira Mar, 481, em uma das mais belas praias da Cidade Baixa. No dia 21 de fevereiro 2006, através do Decreto 9.835 publicado no D.O de 22 de fevereiro foi celebrado convênio entre a Secretaria de Educação da Bahia e a Polícia Militar do Estado da Bahia sendo então transformado em Colégio da Polícia Militar – João Florêncio Gomes.
Atualmente, o Colégio atende Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Ensino Médio nos turnos matutino, vespertino. Apresentou um IDEB (2015) de 3,7 aproximando-se da meta projetada1 de 3,8 para o 9º ano. A escola adere ao Programa Mais Educação, e oferece aos alunos, oficinas, gincanas e projetos que incentivam a paz na comunidade, a valorização do ser humano, unidos pela história e pela cultura.
Um dos principais objetivos da instituição é oferecer possibilidades de aprender, sobretudo respeitar as diferenças e o espaço humano. O elemento norteador da Educação via instrução militar e as normas da Secretaria de Educação compatibilizam-se direcionando para o objetivo maior - ingresso de seus alunos na Academia da Polícia Militar (Curso de Formação de Oficiais), bem como em outros cursos superiores.
Por ser mais uma unidade educacional da Policia Militar da Bahia, o CPM Ribeira tem o compromisso de propiciar educação aos filhos de policiais militares e da população em geral, em consonância com as diretrizes do Ministério da Educação. A proposta educacional se destaca por oferecer um ensino de qualidade e disciplina militar desenvolvendo a vivência dos valores essenciais, envolvendo educandos, a equipe escolar, pais e comunidade para garantir a satisfação de todos no exercício pleno da cidadania.


________________________________
1 Ver anexo 02


A escola tem uma estrutura adequada no que diz respeito a saneamento básico.
Dependências segundo dados do Censo/2015:



  • 22 salas de aulas;
  • 114 funcionários;
  • Sala de diretoria;
  • Sala de professores;
  • Laboratório de informática;
  • Laboratório de ciências;
  • Quadra de esportes coberta;
  • Alimentação escolar para os alunos;
  • Cozinha;
  • Biblioteca;
  • Banheiro dentro do prédio;
  • Banheiro adequado à educação infantil;
  • Sala de secretaria;
  • Banheiro com chuveiro;
  • Refeitório;
  • Despensa;
  • Almoxarifado;
  • Auditório;
  • Pátio coberto;
  • Pátio descoberto;



O prédio é construído em dois andares com uma extensa planta baixa. As dependências internas dispõem de cozinha (é oferecida diariamente a merenda, pois é proibida qualquer comercialização de alimentos), refeitório, laboratório de informática, laboratório de ciências, sala de leitura, sala de diretoria, sala de professores, sala de secretaria, diversos banheiros, um pátio enorme, inúmeras salas de aula, ampla quadra de esportes com cobertura, utilização de equipamentos didáticos como retroprojetor, televisores, internet banda larga.

Portanto, os funcionários são bem servidos no que diz respeito instalações e ao material didático o Colégio tem uma boa estruturação, pois verificamos acesso a



  • Computadores administrativos;
  • Computadores para alunos;
  • Copiadora;
  • Equipamento de som;
  • Equipamentos de multimídia
  • Copiadora
  • TV;
  • DVD
  • Retroprojetor
  • Impressora



No entanto, é de suma importância relatar a falta de acessibilidade aos portadores de qualquer que seja a deficiência.  Na estrutura geral da escola, não há rampas de acesso, piso tático ou qualquer estrutura que ampare jovens com deficiência, impossibilitando com isso o ingresso confortável desse adolescente a essa instituição, Todavia, tem alunos com esse perfil matriculado e que conta com a colaboração de todo núcleo escolar.
No ano de 2015, o colégio registrou a participação de 115 alunos para realização da prova do ENEM. O Censo contabilizou uma taxa de participação: 92,17%. Obtendo os rendimentos a seguir:
§  Redação: 586,60
§  Linguagens e Códigos: 512,41
§  Ciências Humanas: 571,30
§  Matemática: 465,59
§  Ciências da Natureza: 486,49

3.3  CLIENTELA

Filhos de policiais militares e a população de diversos bairros de Salvador, que entram na unidade escolar através de sorteio eletrônico, após inscrições na internet que ocorrem no final de cada ano letivo. Dentre a oferta de vagas e alunos matriculados

3.4 DADOS REFERENTES À SALA DE AULA

Fiquei surpresa com a sala de aula onde fizemos o meu estágio supervisionado lI – Regência, muito limpa, apresentando um estado de boa conservação. A sala é ampla, ventilada ofertando tranquilidade uma vez que não faz calor.
A sala em que estagiamos ficava no térreo e um dos lados tem três janelas enormes de vidro que proporciona melhor salubridade ao ambiente, uma vez que a ventilação natural traz além de bem estar, economia, por vezes voam até papéis se não colocar um peso, as paredes não são sujas pintadas na cor creme com detalhes azuis e vermelhos. Diversas manchas de solado na parede, na direção do rodapé, muitos riscos e isso me surpreendeu por ser um colégio com tantas doutrinas militares. A iluminação é boa, os mobiliários estão em condições adequadas, resultado do empenho de todo corpo administrativo.

3.5 CARACTERIZAÇÕES DA TURMA

A turma que atuamos na Regência foi o 9º Ano - D, composta de 18 alunos matriculados, numa faixa etária de 13 a 15 anos, turno matutino. No que se refere a interação dos alunos, existe um bom entrosamento pude percebi que a maioria se dedicam a novidades, aliás características de qualquer jovem. Poucos são desinteressados, alguns entram mudos e saem calados. Mas, foi notória a falta de fluência e domínio da Língua Inglesa com palavras simples do vocabulário diário.



4. INTRODUÇÃO
Durante o período teórico em que nos preparávamos para o estágio de Regência, tivemos inúmeras orientações acadêmicas que dinamizaram de forma significativa e basilar, nos capacitando para ir a campo. Diversas propostas didáticas juntamente com o conteúdo programático da disciplina de Estagio em Língua Inglesa (doravante LI) nortearam o rumo para o estágio, ainda no ambiente acadêmico, aprendemos acerca do Learning Styles, a Teoria das inteligências, procedimentos de ensino aprendizagem individualizantes, Currículo escolar, INPUT OUTPUT Process, elaboramos miniaulas, seminários, analise de livros didáticos, dentre outras reflexões diárias políticas e econômicas em que vive o nosso país.
Dando continuidade, em campo, elaboramos entrevistas com profissionais do ramo de ensino e alunos a cerca do questionamento “Qual a importância da disciplina de Língua Inglesa na escola?” Obtendo êxito e participação. Para tanto, tivemos em campo, a chance de verificarmos e atuarmos na construção de um espaço de conhecimento. A prática pedagógica e o desenvolver do cotidiano da escola pública, através do processo da análise e da reflexão, nos aproximamos da realidade da escola, a fim de que possamos compreender melhor os desafios que deveremos enfrentar no momento da prática do estágio e até mesmo, do trabalho futuro como professor atuante.
Refletimos também textos fundamentais como: A distinção entre a escola moderna e a escola contemporânea; mas uma vez refletimos o papel de um bom professor. Nossa orientadora insiste em nos alertar que não basta apenas ter um currículo excelente, conhecimento técnico apurado, quantidade de títulos, controle de classe, lidar com as diferenças... É necessário, acima de tudo SER AFETIVO, essa é a dimensão mais importante, o professor deixa aí sua herança simbólica.
É preciso que o desejo de ensinar e o desejo de aprender estejam em sintonia.
Boaventura Santos nos diz que “não há mais lugar para revolução, mas sim, mudanças podem ocorrer em pequenos grupos” O professor tem um papel pujante em relação a tal exercício.
O arcabouço teórico previamente ministrado pela nossa orientadora de Estágio possibilitou coragem e segurança para encarar os desafios de uma instituição pública de ensino. Analisamos os pontos relevantes dessas obras, dentre outras, para que pudéssemos pautar nossa regência, bem como, nossas análises e observações, e isso com certeza foi de imensa relevância, uma vez que pudemos também ter acesso ao Currículo Escolar, as diretrizes e as competências e habilidades do ensino-aprendizagem.
 Fontes como essas formaram aspectos de modelagens e munições conceituais e teóricas que serviram de base para o desenrolar desse projeto como regente
Foi um momento para conhecermos os alunos e suas dificuldades, de conhecer como a escola se organiza, de verificar qual postura do professor regente e a nossa como estagiário dentre outras. Foi um momento único, que fez parte de minha vida acadêmica como uma experiência boa e agradável!
Os esclarecimentos desses encontros foram cruciais para o desenvolvimento da regência em campo, pois a professora Gina nos chama atenção desde o Estágio l sobre a importância do ensino-aprendizagem de LEM, em especial da Língua Inglesa com três informações relevantes, trata-se da: aprender LI promove a abertura de uma janela para o mundo, faz com que o aluno não se isole do contexto mundial e por fim, cabe ao professor, instrumentalizar o aluno para entender e identificar a língua.


5. PROBLEMATIZAÇÃO

Com base no arcabouço de orientações para esse estágio, pautado nos textos analisados no decorrer desse semestre, como também nas aulas observados em campo no semestre anterior, reservo o destaque para três inquietações: Como reduzir/banir as práticas tradicionais e ir além da nomenclatura, das classificações, do uso de frases soltas e descontextualizadas no ensino de Língua Inglesa? De que modo despertar nos alunos, em especial, nesse componente curricular a consciência de que as unidades da língua funcionam oriundas da construção e do reconhecimento dos mais variados gêneros textuais? E como ampliar o saber usando a temática transversal do Consumismo Exacerbado?
Estes questionamentos permearam a elaboração deste trabalho e configurou as problemáticas a serem refletidas. Tendo em vista que este projeto está pautado em uma nova roupagem para a aplicabilidade de Língua Inglesa, partindo da temática do Consumismo e do materialismo com o intuito de buscar orientações e entender como pode ser interessante para os alunos lidar com variados textos publicitários enfatizando as construções textuais de LEM no cotidiano, sejam elas formais ou informais, podendo assim dar sentido o estudo de uma Língua que não é a materna, mas esta inserida em diversos contextos sociais.


6. JUSTIFICATIVA


É através do Estágio Curricular Obrigatório, que realizamos as análises construtivas para um diagnóstico de uma escola, verificando como ocorre na prática do dia a dia. Já verificamos com amplitude como é a rotina de funcionamento da escola e todo seu corpo funcional, como diretores, professores, funcionários, alunos e como eles interagem entre si e com a comunidade local, como as aulas são elaboradas e executadas, enfim, como funciona e se constrói um espaço de aprendizagem.
É no estágio de Regência que vamos nos comportar como professores atuantes, saber lidar com as adversidades, a exemplo, de alunos com necessidades especiais, alunos indisciplinados, etc., conhecer e entender, com postura e estratégias para melhor atendê-los.
Pois, é através da regência que colocamos em prática tudo que lemos e aprendemos na academia: elaboramos planejamentos, opinamos e analisamos o método adequado e pomos em prática tudo que aprendemos no ambiente acadêmico, por isso precisamos desse momento prático em que o futuro professor possa assumir uma sala de aula e lidar tanto com o universo de cada aluno quanto os experientes colegas de profissão.


8. METODOLOGIA

Ao participar de uma organização escolar em situações cotidianas, tivemos a possibilidade de avaliar planos ou programas, testar ou aplicar modelos e instrumentos, construindo e/ou ampliando nossos conhecimentos teórico-práticos.
O Estágio Curricular Supervisionado num curso de licenciatura consiste em um processo planejado, visando à integração entre conhecimentos práticos e conhecimentos teóricos que complementem nossa formação acadêmica.
A princípio optamos pela aula expositiva tradicional transformada em diálogo, que permitiu a troca de experiências entre professor e aluno. Uma exposição dialógica nos permite perguntar, uma vez que induz a mente ir a uma determinada direção, a buscar respostas. A problematização complementa a pergunta, no sentido de provocar a elaboração de alternativas de solução para situações-problema. São fundamentais no diálogo admitir-se questionamento e contestação de fatos, ideias e conceitos, e provocar contradições. O diálogo permite um levantamento de conhecimentos prévios a fim de aquecer e levantar os saberes localizados.
Buscamos preparar atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, proporcionadas ao estudante pela participação em situações reais de vida e de trabalho abordando o Consumismo e o materialismo da sociedade através da exposição de recursos audiovisuais utilizamos músicas, filmes, vídeos, slides... Acreditando que a imagem é uma atividade colaborativa no ensino, pois aproxima do cotidiano do aluno. O método de observação é simultâneo pautado na análise e na identificação de fatos do cotidiano escolar. Para desenvolvimento deste estágio foram necessários 22 encontros a unidade de ensino, possibilitando conhecer desde a parte estrutural/física à regência das aulas.
Fizemos diversas anotações que estão distribuídas ao longo desse relatório.



9. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A realidade atual nos mostra um mercado de trabalho que não mais se satisfaz em apenas receber graduados, transmissores dos conhecimentos adquiridos em sua formação acadêmica. Sobretudo, necessita-se cada vez mais de profissionais competentes e aptos a enfrentar os desafios de uma sala de aula.
O cientista norte-americano Howard Gardner causou forte impacto na área educacional com sua teoria das inteligências múltiplas. Gardner afirma que as pessoas desenvolvem capacidades inatas através da educação que recebem e as oportunidades que encontram.
Para Gardner, cada indivíduo nasce com um vasto potencial de talentos ainda não moldado pela cultura, o que só começa a ocorrer por volta dos 5 anos. Segundo ele, a educação costuma errar ao não levar em conta os vários potenciais de cada um. Além disso, é comum que essas aptidões sejam sufocadas pelo hábito de nivelar de grande parte das escolas.
Para tanto é traçado um perfil de um profissional diferente daquele professor tradicional da língua materna, ou de língua estrangeira, necessita-se cada vez mais de um profissional preocupado em levar seus alunos a adquirir instrumentos de descrição da língua do que desenvolver decorebas que caíram futuramente no esquecimento, junto com o ensino descontextualizado. Decorar nem pensar!
Gardner baseou sua teoria em muitas ideias diferentes, mas a principal delas sustenta que as pessoas manifestam as mais distintas habilidades: para compor uma música, construir um satélite ou uma ponte, organizar uma horta, produzir um projeto, levantar paredes durante a construção de uma casa além de muitas outras -, e que todas essas atividades requerem algum tipo de inteligência, mas não necessariamente o mesmo tipo de inteligência.
Para Gardner, as pessoas possuem capacidades diferentes, das quais se valem para criar algo, resolver problemas e produzir bens sociais e culturais, dentro de seu contexto:
§  A inteligência como habilidade para criar;
§  A inteligência como habilidade para resolver problemas;
§  A inteligência como habilidade para contribuir em um contexto cultural

Nesse sentido o professor deve explorar e investigar os conhecimentos prévios e basilares as estratégias que serão aplicadas durante os encontros.
Segundo Koch (2000), quando interagimos por meio da linguagem temos sempre objetivos e finalidades a serem atingidos, mesmo que inconscientemente. Assim há sempre uma relação de contato com a pessoa que queremos interagir. Nesse sentido, ninguém fala ou escreve sem ter um interlocutor em mente. No entanto, não vivenciamos isso em maioria das escolas, ao contrário os alunos escrevem apenas para obter, simplesmente a nota do professor.
Os temas centrais do documento dos Parâmetros Curriculares Nacionais são a cidadania, a consciência crítica em relação à linguagem e os aspectos sociopolíticos da aprendizagem de Língua Estrangeira. Os profissionais ligados à educação se utilizam da linguagem para informar, para transmitir conhecimento, para chamar a atenção, e a curiosidade, e principalmente  para contagiar e motivar os alunos para a aprendizagem.
 A relação da linguagem com a educação torna-se ainda mais forte quando se trata do ensino de línguas. Os Professores de língua estrangeira lidam com um código linguístico desconhecido do aprendiz; precisam usar uma linguagem que favoreça um ambiente descontraído e relaxado para que ele possa apreender a língua não nativa da forma mais natural possível, despertando o interesse não só nas notas. É uma tarefa difícil, mas quando atinge a meta, obtêm-de a recompensa da profissão.
Sobre o profissional competente Fusari (1995) afirma que:

 O profissional competente é aquele que sabe fazer bem o que é necessário, desejado e possível no espaço de sua especialidade. A competência não deve ser definida como algo estático, como um modelo a ser seguido, mas como algo que se constrói pelos profissionais em sua práxis cotidiana. E também não possui o caráter de algo solitário. Ninguém é competente sozinho (p. 40).

Nessa perspectiva, o conhecimento prévio do aluno associado a intervenções do professor, pode despertar na mesmo curiosidade e interesse pela LEM, uma vez que, grande parte do conteúdo de LI, por exemplo, está ao seu redor nos contextos mais simples do dia a dia. Da mediação do professor inovador e a interação com os alunos, somados podem transformar a realidade de um ensino precário.
Ainda sobre a inovação Cortella (em vídeo-aula) afirma que:

“Quando você coloca água numa caneca ela se conforma à caneca. O filósofo é aquele que gosta de transbordar. Ele quer transbordar e convida todos a transbordarem, ultrapassarem as bordas impostas. Ele não se conforma..."(CORTELLA)

O ensino de língua inglesa foi criado para servir como base para ensinar gramática de uma forma mais ligada à funcionalidade da língua, aproximando- a da realidade do aluno. Para conseguir esse objetivo, a proposta dos PCN é de que o educador trabalhe com gêneros textuais diversificados em sala de aula.  Mario Sérgio Cortella, realmente nos faz refletir de forma crítica sobre questionamento do “fazer sempre a mesma coisa esperando resultados diferenciados”, devemos nos empenhar em uma prática realmente engajada na mudança de metodologias, conectadas com o contexto atual, com a nossa prática profissional, social.
Para tanto, ressalta Marcuschi (2005, p.22) que “Os gêneros textuais, enquanto diferentes formas de linguagem que circulam socialmente podem assumir aspectos formais ou informais no ato da comunicação” o estudioso ainda acrescenta que “A comunicação verbal só é possível por algum gênero textual” logo, podemos refletir que toda e qualquer forma que a língua se apresente é um gênero textual, por sua vez motivado pela interação da linguagem com os indivíduos sócio-comunicativos.
Inúmeras são as ações institucionais governamentais, tanto na área de formação e capacitação dos professores, trabalho que resultou os Parâmetros Curriculares de Nacionais de ensino - (PCNs), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) quanto nas avaliações efetuadas pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) que avalia e oferece subsídios para redefinições de políticas educacionais. No que se diz respeito aos PCNs, estes por sua vez estabelece o ensino de LI de forma articulatória em torno de dois grandes eixos: o do uso da língua oral e escrita e o da reflexão acerca desses usos.
Nota-se, portanto que nenhuma atenção é dada a definições e classificações de regras que despertem a decoreba.
O que observamos no ENEM -  Exame Nacional de Ensino Médio, são avaliações repletas dos mais variados gêneros textuais (tirinha, crônica, cartum, divulgações científicas, sinopses, receitas...) elaborados com a visão de desempenhar as competências e habilidades indispensáveis ao educando, para que o mesmo possa atuar e interagir nos variados contextos, sejam formais ou informais, de Língua materna ou Língua Estrangeira.

O aprendizado do inglês deixou de ser diferencial e passou a ser pré- requisito para se ter um maior contato com mercado estrangeiro. Dominar este idioma tornou-se fundamental para muitos profissionais em diferentes áreas de atuação. Para obter um melhor desempenho no aprendizado de uma língua estrangeira, sendo uma delas o inglês, é necessário proporcionar em uma aula o contato com as habilidades, “writing3 , listenin4 , speaking5 , reading6
O ato de ler seja textos escritos ou em forma de desenhos e ilustrações possibilita um contato mais próximo com a língua estrangeira, já que está ligada a compreensão da língua oral. Entretanto, não se deve priorizar apenas a leitura, mas sim, a partir dela aplicar as demais habilidades.
Weber (1996, p. 9) destaca:
[...] qualquer mudança concreta no sistema educacional tem no professor um de seus principais agentes. De fato é, sobretudo através da ação docente, da prática pedagógica que ele desenvolve que se realizam mediações entre a instituição escolar e a sociedade em que a mesma se insere.

Como a professora Gina Imbroisi - Orientadora de Estágio ressaltou que:

Antes o professor:

         Limitava-se meramente a aplicar um método ou utilizar materiais didáticos previamente elaborados, transmitir os seus conhecimentos a partir de decisões tomadas por especialistas.
         Era o único responsável pelo processo de ensino;
         Aluno: agente passivo, receptáculo de informações transmitidas pelo professor.

         A maioria dos métodos considerava o ensino da língua de forma isolada, como autossuficiente, sem encorajar a reflexão dos professores sobre o que estavam ensinando;
         Questões sociais e políticas como intrínsecas ao processo educativo.






________________________________
3Writing: Capacidade do aluno escrever as informações trabalhadas.
4Listening: Capacidade do aluno compreender as informações.
5Speaking: Capacidade do aluno se comunicar.
6Reading: Capacidade do aluno comunicar e interpretar.


Hoje o professor:

         O professor de LEM deve ser visto como pesquisador, que a partir da própria vivência em sala de aula e da contínua observação de sua classe, associada à troca de experiência com seus colegas de área, possa explorar, sempre e com os mesmos o porquê dos acontecimentos.
         O professor de hoje é um profissional participativo, observador de sua própria prática e da pratica de seus colegas.
         Deve-se fazer uma análise contrastiva com a sua língua materna, para que assim o seu aluno perceba que cultura da língua que está aprendendo, tem suas diferenças, mas que nenhuma é superior a outra e sim hábitos diferentes porque a situação está em um outro contexto.

Nesse sentido, o professor não é mais um modelo, o detentor do saber, que apenas treina seus alunos zumbis. É preciso utilizar esse conhecimento vasto para fazer tarefas com as quais se deparam dentro e fora da escola. O ambiente da sala de aula pode ser visto como uma oficina de trabalho de professores e alunos, um espaço estimulante e acolhedor, de trabalho sério, organizado e alegre. Torna-se então o facilitador da aprendizagem e tem como principal função, em sala de aula, dar significação ao processo pedagógico.
Com base nas informações que fundamentam esse estudo, encontramos resposta para a primeira inquietação: Como banir/reduzir as práticas tradicionais e ir além da nomenclatura, das classificações, do uso de frases soltas e descontextualizadas no ensino de Língua Inglesa?  Notamos como gêneros textuais são dinâmicos e maleáveis de modo a contribuir para execução de diferentes atividades do dia a dia, como: ler uma notícia, um rótulo, uma reportagem científica, uma receita culinária, estes se integram facilmente em qualquer âmbito cultural. Desse modo, os gêneros textuais estão presentes em toda atividade comunicativa e permeiam toda intenção de comunicação.
Ullmann (1980:132) diz que,
“A língua dá acesso à cultura e, por outro lado, para aprender uma língua é preciso um mergulho cultural, a aquisição das habilidades orais e escritas, isto é, a competência comunicativa não fica assegurada apenas com o conhecimento das estruturas linguísticas (...) saudar uma pessoa, fazer um convite, pedir um favor, servir um cafezinho, pedir desculpas (...) são todas situações que se inserem profundamente num contexto cultural . ( DALPIAN, 1996:51)
           Sendo assim, as aulas de Língua Estrangeira correspondem a muito mais do que uma simples aula de regras gramaticais. Os PCNs (BRASIL, 2006, p. 91) ressaltam que:

[...] a disciplina Línguas Estrangeiras na escola visa a ensinar um idioma estrangeiro e, ao mesmo tempo, cumprir outros compromissos com os educandos, como, por exemplo, contribuir para a formação de indivíduos como parte de suas preocupações educacionais. 


Portanto, já não faz sentido para o professor ancorar essa prática tradicional infundada, que impossibilita o jovem de desfrutar de um ensino de Língua materna ou estrangeira com caráter significativo e prazeroso, formando-o bilíngue dentro de sua própria língua.
O ensino de Língua Inglesa nas escolas poderia ser ministrado como ocorrem às interações no dia a dia das pessoas, fazendo com que o aluno entendesse que seu texto resulta de uma necessidade que ele viveu, conforme já mencionado, de interagir e não por mera obrigação, talvez punição ou alcance de notas. O aluno precisa usar a pronúncia associada à interpretação de forma articulada, para se fazer comunicar com eloquência e transitar por qualquer contexto social sem sentir dificuldade em se fazer entender, em expressar de forma coerente suas ideias.
Para Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva (UFMG), “o professor de inglês deveria ter, além da consciência política, bom domínio do idioma (escrita/oralidade) e sólida formação pedagógica com aprofundamento em linguística aplicada. Existe esse professor, porém de forma bem reduzida.” E esses profissionais que possuem esse perfil, adquiriram através de seus esforços, pois as academias não aprofundam o conhecimento na área especifica de aprendizagem em Língua Estrangeira (LE) e sim apenas sobre a língua. 
Nesse sentido, Bakhtin (1997) defende

que a língua só é utilizada dentro de um determinado contexto, capaz de contribuir para as significações das falas, ao passo que a linguagem faz uso no ato da interação. Para o autor, a língua e um processo de interação e só pode ser utilizada através dos enunciados, sejam orais ou escritos denominando os mais variados gêneros textuais.

Partindo das fundamentações teóricas de Bakhtin e da oportunidade ímpar de lançar um olhar observador acerca da realidade escolar é que permeiam as páginas desse trabalho, cujo caminho é de extrema relevância para minha formação como futura professora de Língua Inglesa Realçando as boas surpresas e apontando as dificuldades e os anseios de uma estagiária.
Freire (1996, p.43-44) defende “... é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. Cabe então ao profissional de educação se reinventar, renovar e fazer novas descobertas sempre, pois a sua formação pode contribuir para a democratização da sociedade e para a construção de um mundo mais justo e igualitário para todos.


10. OBJETIVO GERAL

Atuar como professor regente na rotina minuciosa de uma escola pública aplicando atribuições do ensino de Língua inglesa, possibilitando assim, seu aprendizado e o desenvolvimento de habilidades comunicativas.

10.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

·         Analisar se os alunos detém a reflexão sobre a importância de se aprender e utilizar a língua inglesa;
·         Verificar o desenvolvimento das competências e habilidades do aluno.
·         Desenvolver o projeto7 Let's consume the English language;
·         Identificar se há estimulo para o reconhecimento e mapeamento de diferentes gêneros textuais para que os alunos possam entrar em contato com linguagens formais e informais;
·         Traçar perfis de oralidade notando se os alunos, se as atividades e discussões que requeiram uma reflexão e uma visão crítica da realidade da prática do ensino tradicional e dessa nova roupagem de aprendizagem de LEM.
·         Observar de que maneira se dá o trabalho com a gramática, se é contextualizada e interacionista;
·         Refletir sobre a temática do Consumismo e o Materialismo na sociedade.



 ____________________
7Ver anexo 01





11.0 RELATÓRIOS CONCERNENTES AO ESTÁGIO Il - DE REGÊNCIA

11.1 RELATÓRIO DO PRIMEIRO ENCONTRO – 03/04/2017

Hoje começa uma nova etapa do período de Estágio em Regência, o primeiro passo sentido a instituição cedente para apresentar nosso projeto. Digo nosso porque diferente do Estágio I, tive a oportunidade de dividir essa experiência tão importante com Alessandro Sérgio. A professora Gina, nossa orientadora permitiu executar em dupla o Estágio II por acreditar que coisas maravilhosas virão dessa interação e troca de experiências. Muita expectativa para conhecer quem seriam novos alunos que iriam compartilhar novos saberes e aprendizados.
Tínhamos certeza que havia uma maior responsabilidade, pois, ensinar a importância da Língua Inglesa requer disciplina, confiança e muita criatividade para atrair a atenção e despertar o interesse desses meninos e meninas em sala de aula.
Quando chegamos ao Colégio da Polícia Militar – Unidade Ribeira, nos apresentamos e perguntamos ao policial da recepção pela coordenadora de ensino. Tudo já é diferente nesse ambiente. A estrutura Militar esta por todos os lados. O tenente Lima disse que tinha várias coordenadoras e nos orientou a procurar por Manoela. Ela muito gentil e também curiosa nos ouvia atentamente acerca das nossas intenções naquela manhã de segunda-feira.
A coordenadora Manoela folheou um pouco, saiu da sala e quando voltou disse que nos levaria até a professora regente Maria Rita para que conversássemos melhor. Eu e Sérgio ficamos aflitos, mas com uma sensação de aceitação, a princípio. Então seguimos em direção a sala dos professores e fomos apresentados a todos em especial a professora Maria Rita, responsável pelo ensino de Língua Inglesa
Apresentamos-nos novamente e comecei a expor nossas intenções, sentamos e de posse do projeto e muito animada comecei a esboçar a importância tanto para nós quanto para os alunos de um novo contato..
A pró Maria Rita depois de ler com atenção nos disse que nossa proposta estava bem fundamentada, criativa. Sérgio completou falando que o tema central do projeto é a importância da Língua Inglesa no cotidiano, pautados na temática transversal do Consumismo. Nesse contexto, abordaríamos textos publicitários, a influência da mídia, dos meios de comunicação e o papel do consumidor. Ela, a todo instante, emitia sinais de êxito e afirmação como se estivesse gostando muito de nosso trabalho.
Estávamos tão empolgados que por um instante temi que isso nos atrapalhasse,
E a todo instante retomávamos o sentido primordial das abordagens linguísticas do inglês contextualizado com a transversalidade temática da proposta: “O Consumismo e o Materialismo na sociedade”. Ficamos de fato preocupados com os efeitos do exagero capitalista nas pessoas e no mundo e precisávamos dividir isso com nossos futuros alunos.
 A professora Maria nos deu as boas vindas e aprovou com positividade nosso projeto. Ficamos felizes, nos cumprimentamos e logo em seguida ela nos levou para uma visita às dependências da escola. Aproveitamos para fazer algumas anotações, em seguida procuramos a coordenadora Manoela novamente, sendo que dessa vez mais confiantes por causa da aprovação do projeto. Ela pediu para que nós comparecêssemos na próxima segunda-feira que é o dia que Maria Rita esta na casa e por volta das 08h00minh, para tomarmos ciência das informações sobre os horários das aulas, a turma piloto para o estágio e dos detalhes finais, mas não menos importante uma vez que, a rotina do CPM é bem diferente de outras escolas públicas. Essa ênfase me deixou apreensiva e elevou mais ainda minha ansiedade.
Nos despedimos agradecemos a oportunidade e fomos embora.

11.2 RELATÓRIO DO SEGUNDO ENCONTRO – 10/04/2017

 Amanheceu, nem consegui dormi direito preocupada com o horário, com receio de me atrasar, pois já é chato quando isso acontece imagine no primeiro dia de Estágio em um Colégio Militar?! Enfim, manhã de segunda-feira, acabamos chegando antes do horário marcado. Sérgio estava tão agoniado e isso acabava aumentando a minha ansiedade. A professora Maria Rita, que já nos aguardávamos. Após os cumprimentos, ela começou a seguir com as primeiras orientações, parecia já ter tudo planejado.
Ficaríamos responsáveis pela turma 9ª D, acreditava ser uma turma bem tranquila para aplicarmos nosso projeto. Seriam os últimos horários de aula, que tem início às 10h35min com término às 12h05min. Depois, ela sorriu e nos disse: estão preparados? Estamos, respondemos juntos eu e Sérgio. Então vamos conhecer nossos alunos. A sala de aula fica no final do primeiro corredor, logo após a entrada da escola.  Ela bateu na porta eles estavam sozinhos. Imediatamente pararam para observar os acompanhantes da pró Maria Rita. Quem eram eles? Esse era o semblante da turma que foram logo se ajeitando para ouvir a novidade.
Posicionavam-se com formalidades militares, receberam a professora, até que uma das alunas foi até a professora Maria Rita e prosseguiu falando:
__ “Presente na sala de aula a professora Maria Rita da disciplina Língua Inglesa. Sentido, descansar, à vontade”.
O caso era sério, fiquei admirada com a burocracia militar. Isso favorece a disciplina e respeito no ambiente escolar, causou um estranhamento, mas me mantive atenta, tentando registrar todos os detalhes. A professora nos explicou que por se tratar de uma escola militar, a cada chegada do professor, a turma é apresentada pelo xerife da semana. Achei muito interessante e organizado. Hoje, no caso a aluna é a Ana Carla que é a responsável da semana. Acrescentou que o Xerife realiza diversas atividades: realiza a chamada, faltas, organização da sala, material deixado pelo professor, além de manter a disciplina na sala na ausência do professor, todos os alunos da sala passam por esse processo, denominado Xerifado. Muita novidade estava por vir, pensei com meus botões.
Fiquei contente com a apresentação dela, pois disse que somos professores de Língua Portuguesa e Língua Inglesa e que iríamos desenvolver um projeto maravilhoso e passaríamos um período com eles. Em seguida nos apresentamos. E na primeira pausa na fala a pró nos desejou bom desempenho, recomendou a turma um bom comportamento e atenção, pois seriam dias de grande relevância, tanto para eles quanto para nossa formação. Ela se despediu e nos assumimos a sala. Era o inicio da Regência. O primeiro contato como professor.
Retomamos as apresentações e fomos interagindo. Sérgio perguntou como era a relação deles com a Língua Inglesa. Se faziam curso do idioma? Se gostavam do inglês? E suas preferências entre filmes, séries, produtos, músicas da língua estrangeira. Enquanto isso eu passava um olhar registrador tentando abarcar as expectativas e os posicionamentos de cada um diante de nós.
Sabia que os questionamentos de Sérgio iriam estigá-los.
Uma aluna chamada Ana Carla que respondeu que se lembra do inglês quando vai ao Shopping Center  e pronunciam palavras como MC’Donald, black friday, milk shake, hamburger, subway, fast food, pois adora passear no shopping para comer, uma outra por nome Jamile completou a fala dela dizendo que gosta de músicas internacionais. Sérgio aproveitou o gancho das respostas e disse durante dois meses vamos trabalhar com vocês um projeto pautado na Língua Inglesa, de forma diferente. E continuou a explicação dele enfatizando que: a língua estrangeira já faz parte da nossa vida de alguma forma. e que várias palavras do inglês estão no nosso dia a dia como facebook, mouse, shopping, e-mail, show.
Acrescentei que trabalharíamos com base nos saberes e experiências de cada um, abordando a temática do Consumismo Exacerbado, exagerado, não só na adolescência, mas para toda vida. Se não for despertado a consciência das causas e efeitos dessa prática sem limites. Todos estavam bem atentos ao que passávamos e eu e meu colega Sérgio nos apropriamos do projeto de tal forma que o desconforto primeiro contato já havia desaparecido.
Tudo isso mergulhado na intenção de desenvolver em cada um: a noção da importância do ensinoaprendizagem de Língua Estrangeira Moderna (doravante LEM), a capacidade de ler, escrever, ouvir e falar inglês, bem como fazer uma reflexão crítica e consciente das causas e consequências do Consumismo exagerado na sociedade.
Perguntei o que acharam e a maioria esboçou uma grande aceitação da proposta, quanto outros disseram que tudo bem.
Esse bate-papo levou aproximadamente uns trinta minutos.  Começamos a aula, falando sobre as expressões Input on Output. Nenhum deles conhecia essa expressão. Perguntei como a LI chega até eles e como saem deles, e começaram a surgir às primeiras colocações. Uma aluna disse que chega pelas músicas e saem quando cantamos as músicas e daí foram diversas opiniões que só facilitavam a nossa oralidade.
Abrimos o significado da primeira palavra: entrada, e a segunda traduzimos como saída. Explicamos que esses termos são utilizados na área da Tecnologia da Informação (TI), como também na área da aprendizagem de idiomas. Input é à entrada de um dispositivo, de tudo aquilo que você lê ou escuta (palavras, frases, diálogos, etc.). Output é a saída, tudo aquilo que você produz na fala ou na escrita (palavras, frases, diálogos, etc.) A aula foi ficando empolgante e cada vez eles se interessavam mais. Viram que não estávamos ali à toa e o planejamento fez toda diferença.
 Continuamos nossa explicação sempre intercalando minhas falas com as de Sérgio, pois estávamos mais que planejados para esse dia. Explanamos sobre as quatro habilidades envolvidas na aprendizagem de idiomas (fala, compreensão oral, escrita e leitura), veremos que a compreensão oral e a leitura são atividades de input, enquanto que a escrita e a fala são atividades de output. E continuamos a explicar que o importante é entender a relação entre esses dois conceitos, pois é por meio dessa relação que falamos nossa língua nativa, a Língua Portuguesa, e é por meio dela que aprendemos outras línguas, como o inglês que estamos estudando.
Logo após, exibimos dois vídeos. O primeiro sobre o homem consumista sem áudio para que possam desenvolver a habilidade de reading, porém com diversas palavras e expressões em inglês, o segundo vídeo era pronunciado e escrito em inglês através deste segundo os alunos iriam desenvolver tanto a habilidade de reading quanto Listening e por consequência no segundo momento speaking e writing. Sobretudo, daríamos início concomitantemente à discussão sobre a temática do consumismo no qual os alunos com suas histórias e situações reais foram contribuindo com suas observações.
No primeiro vídeo que exibe imagens do homem na natureza arodeado de animais e ele segue em frente, caminhando, consumindo tudo que vê pela frente, acumulando a seu redor coisas fúteis. Não há sinal de família, amigos e rodeado de lixo, sujeira e poluição que o mesmo vai deixando para trás. Um rastro entristecedor da destruição humana ao meio ambiente e a si mesmo.
 O aluno Caio levantou a mão e falou que o homem do vídeo é um egoísta e um irresponsável, como a maioria das pessoas que destrói a natureza e não sabe que e através dela que podemos viver melhor. Imediatamente apreciamos tanto a iniciativa dele quanto as suas colocações. Sérgio afirmou: “Achei maravilhoso! É isso mesmo, rapaz você soube resumir bem a ideia central do vídeo”. Conversamos bastante sobre os elementos que continham o recurso e os alunos gostaram tanto que pediram para passar novamente. Repetimos e percebemos a sintonia e o princípio da conscientização acontecendo.
O outro vídeo trazia o tema “Consumismo e Materialismo destruição da sociedade”, retratava estatísticas ilustradas com animações em desenho que apontavam que quanto mais o ser humano consome além do necessário, mais infeliz ele é. Essa proporção inquietou a turma. Começou o debate paralelo, cada um queria dar uma opinião. Uns concordando e outros não pensavam por essa linha quando a aluna Cailane disse que tinha uma tia que vive comprando coisas e que depois nem usa, tipo bolsas, vestidos... Além de reclamar que está sempre sem dinheiro. Abrimos esse momento para diversas opiniões, sempre acrescentando e registrando as pontuações da turma para devidas colocações.
Sérgio acrescentou que não era um tênis de marca ou um celular novo e etc., que vai nos fazer mais felizes, mas sim, o nosso equilíbrio físico e mental, andar, correr, brincar, viajar, passear, conhecer pessoas, cuidar da natureza, sair com amigos e familiares, são essas relações pessoais de convivência simples que podem fazer toda diferença para sermos pessoas melhores e mais felizes.
Repetimos o segundo vídeo, sendo que dessa segunda vez pausamos em diversos pontos que achávamos relevantes e a todo instante buscando deles o vocabulário de diversas expressões. Exploramos todas as falas que eles trouxeram, visando tecer a problemática do Consumismo e a entrada/saída inconsciente da LI em nosso dia a dia. Encerramos esse primeiro encontro com a sensação de êxito. Finalizamos agradecendo a participação de todos e pedimos que trouxessem para o próximo encontro rótulos, anúncios, objetos ou imagens de produtos que eles costumam consumir com certa frequência e que tivessem palavras e expressões em Língua Inglesa. Alguns anotaram outros não. Insistimos que anotassem antes de sair da sala. Percebi que o último horário deixa a turma mais inquieta e ansiosa afinal é meio dia e todos estavam famintos e ansiosos para ir para casa.


11.3 RELATÓRIO DO TERCEIRO ENCONTRO – 17/04/2017

Uma semana se passou desde o primeiro contato com a turma. Eu e Sérgio repassamos nosso planejamento para esse segundo momento ter tanto êxito quanto o primeiro, pois o retorno da turma foi bem agradável. Combinamos de chegar à escola 10h já que a aula começa 10h35min, mas eu cheguei 09h. Sérgio mora em no bairro Caminho de Areia que é próximo eu moro bem mais distante no São Caetano, e o engarrafamento é constante. Saio bem cedo com receio de atraso. Por um lado chegar cedo é bom me permite a fazer anotações, conhecer a rotina de uma escola Militar e coletar materiais para o relatório final de estágio. Sérgio também chegou cedo e eu já o aguardava na sala dos professores. Conversamos um pouco, mostrei a ele minhas anotações acerca das áreas internas e externas da escola, mostrei algumas fotos que consegui tirar quando o sinal tocou.
Dirigimos-nos até sala de aula, e ao entrarmos a aluna Bianca Santos apresentou a turma que em posição de sentido e disse:
__ “Presente na sala de aula a professora Arilma e o professor Sérgio ambos da disciplina Língua Inglesa. Sentido, descansar, à vontade”.
Essa sensação é indescritível. Essa doutrina militar melhora muito o respeito no ambiente do CPM. A formalidade com a qual é conduzida a rotina escolar colabora significativamente para o processo de ensino aprendizagem uma vez que o respeito ao outro esta acima de tudo. Não sei se em todas as salas funcionam assim. Mas, conosco nessa sala esta funcionando. Sabemos que o novo também ajuda muito nessas situações. Todos obedeceram aos comandos da xerife. Cumprimentei-os e Sérgio perguntou como foi a semana de todos. E cada um foi colocando suas atividades, uns contentes outros sem novidades... Depois desse momento de acolhimento, tratamos de cobrar a tarefa que pedimos na aula passada. Perguntamos pelos recortes e embalagens de produtos com expressões em LI. Alguns responderam que trouxeram e outros foram montando suas desculpas ou nada disseram. Abrimos acesso ao uso do celular ou dos dicionários que ficam na biblioteca da escola para que possam pesquisar e traduzir as expressões. Essa atividade poderia ser em dupla ou em trio.
Dando continuidade com a expressão: What I like to buy?  and why ? e pedimos a leitura, como um quebra cabeças e de forma aleatória foram traduzindo que buy era comprar, like era gostar e logo montaram a tradução: O que gosto de comprar? e por quê?. Ansiosos já foram respondendo diversas coisas que gostavam de comprar.  Enquanto Sérgio controlava e interagia entre eles eu fui colocando os slides que preparamos com um poema The Parts of Speech poem em inglês para uma revisão das classes gramaticais contida em cada verso. Vimos o adverb ( advérbio), o pronoun ( pronome), conjunction (conjunção), verbs (verbos), noun (substantivos), adjective (adjetivo), preposition (preposição) e interjection ( interjeição). Revisamos suas funções e colocações na estrutura da frase em inglês. Então observamos a estrutura e o posicionamento de cada elemento gramatical descrito. Logo em seguida, no outro slide exibimos essas classes gramaticais num mapa conceitual, com suas definições e exemplos. A intenção era ampliar a visão da estrutura da Língua Inglesa assim como é a Língua Portuguesa. Nossas colocações eram bem aceitas pelos alunos, mas percebi que o trato com o segundo idioma era muito pouco.
Pedimos que, em casa, colassem o poema no caderno e circulassem as palavras  de fácil tradução no poema antes de pesquisar a tradução. Alguns já foram tentando traduzir palavras do poema que correspondiam a verbo, substantivo, pronomes, entre outros assuntos. Antecipamos logo a tarefa de casa, pois se deixássemos para o final da aula poderia ser que não desse tempo.  
Em continuação da aula, cada aluno, retomamos a expressão proposta no início e com o auxílio do dicionário, irá responder as perguntas: What I like to buy?  and why . Com base nos objetos ou nas imagens pesquisadas que vocês trouxeram referente ao consumismo elaborem as respostas observando a posição correta dos verbos e adjetivos na Língua Inglesa. Como os exemplos que vamos mostrar agora.  Sérgio exemplificou a atividade proposta dizendo:
__Digamos que uma aluna trouxe imagens de sapatos. Então, ela poderá responder dessa forma I like to buy shoes because I feel more beautiful. (eu gosto de comprar sapatos porque eles me deixam mais bonita). Já um garoto que trouxe óculos escuros, apontou para o aluno Gabriel, ele pode dizer: I like to buy dark glasses because they make me more charming (eu gosto de comprar óculos escuros por que me deixa mais charmoso). Por tanto mãos a obra, estaremos aqui eu e Arilma para orientá- los.
Escrevi as expressões no quadro e pedi que cada um montasse sua frase e um poderia ajudar o outro. No final tentaríamos montar um diálogo. 
Essa mediação iria desenvolver primeiramente as habilidades de reading e writing, e no segundo momento speaking e reading. Bem como iria abrir portas para questionamentos acerca do Materialismo e da Futilidade Capitalista. E foi enriquecedor esse momento.
Organizados em dupla, pedimos que um aluno perguntasse ao outro: What I like to buy?  and why. Fiz dupla co Sérgio para facilitar o entendimento da proposta.
Muito riso, muita timidez e gagueira, mas todos participaram da dinâmica. O propósito foi alcançado com o treinamento das habilidades durante as apresentações. Agradecemos a participação de todos e percebemos que esse segundo contato com a turma foi bem mais descontraído.
Enfatizamos sobre a atividade do poema para casa e comentamos a proposta de trazerem alimentos que consomem no café da manhã na próxima aula. Tanto eu quanto Sérgio também iríamos contribuir e aprenderíamos comendo. Todos adoraram a proposta. Ficaram animados e nos também, pois os primeiros gestos de carinho começaram a surgir. Parece que estávamos agradando. E não deixamos brechas para que ficassem dispersos ou pudessem o foco da nossa proposta. Fomos abençoados a turma é maravilhosa. Nos despedimos e notei que pelos corredores as meninas já iam articulando em fazer listas do que iam trazer para o café.


11.4 RELATÓRIO DO QUARTO ENCONTRO – 24/04/2017

Nossa! Como choveu esta manhã. Tudo engarrafado e eu sai bem cedo, pois seria certo me atrasar. Sérgio chegou um pouco depois do horário de costume. Quase se atrasa.eu já estava na sala dos professores aguardando-o, depois que nos cumprimentamos, caminhamos em direção a sala e ao apontar no corredor a aluna Xerife da semana Cailane Cassandra já aguardava na porta da sala para dá inicio a rotina do xerifado com a chegada de cada professor em sala de aula. Após a apresentação, durante o nosso bom dia, A turma estava bem barulhenta, Sérgio, com uma voz mais firme pediu silêncio, e aos poucos, o ruído entre as conversas paralelas foram diminuindo. Nada que fugisse o normal da juventude eufórica. Percebemos que era por causa do combinado do  café
Sérgio fez a chamada enquanto comecei com as meninas a organizar os itens do café. Eu levei diversas frutas já cortada para o consumo e sem casca, para não manusearmos facas, uma tolha para forrar a mesa, e em seguida todos foram colocando os alimentos que trouxeram.  A mesa estava farta e apetitosa.
Ansiosos para comer, abrimos os questionamentos com a temática: What products do I consume for breakfast? (Quais os produtos que consumo no café da manhã?). Foram respondendo em Língua materna. Aceitamos mas, logo em seguida desejamos em Língua Inglesa, esta por sua vez a pauta do nosso projeto. Retomei a lembrança.
Assistimos um vídeo sobre a Black Friday. A proposta foi mostrar como ocorre o consumismo, ratificar a importância e a influência da Língua Inglesa, presente em nosso cotidiano. Pedimos também que durante a apresentação, eles anotassem os verbos (verbs), os adjetivos (adject) e os nouns (substantivos) assim fizeram alguns, enquanto outros ficaram surpresos com a eloquência das pessoas quando se abre as portas neste dia de compras.
Um aluno disse a Sérgio que aqui temos “blackfraude”, Sérgio concordou respondendo que aqui no Brasil pode até acontecer em algumas lojas de departamentos, mas nos Estados Unidos essa liquidação é séria e atrai milhares de pessoas do mundo inteiro.
Diversos comentários foram montados em volta do vídeo e eu retomei a lembrança do nosso primeiro vídeo do homem consumista, buscando tecer uma relação de sentidos e conseguimos, pois o aluno Fidelis disse que às vezes comprar é compulsão e quando a palavras esta em inglês as pessoas gostam mais. Realmente as duas asserções de Fidelis é pertinente. Tem pessoas que compram por compulsão psicológica e precisa de cuidados médicos, bem como a mídia e seus textos publicitários sabem alienar direitinho o consumidor desavisado. Mas, cabíamos a nos, uma vez já conscientes, conversas alertar amigos e familiares do mal do Consumerism.
Depois de comentarmos sobre o vídeo, fizemos uma dinâmica com os alimentos que os alunos colocaram na mesa. Cada aluno ao montar seu breakfast, só poderiam escolher os alimentos que soubessem ou encontrassem seu significado em inglês e pronunciasse. Mesmo que incorreto, estava valendo a intenção e a oralidade.
Ícaro estava com fome e se apresentou imediatamente dizendo que queria comer. mostrou o que iria degustar como bread,, cheese, cookeis e grape juice, todos aplaudiram e queriam vir logo antes que acabasse.Eu e Sérgio parabenizamos dizendo:__. Congratulations.
A segunda foi Jamile essa aluna é muito engraçada e agitada também, montou seu prato com  frutas disse que estava light, que é fitness e foi falando melon, apple, strawberry juice, e quebrou a dieta com chocolate cake. Todos riram dela
Foi uma aula muito divertida. Perguntamos o que eles acharam e eles amaram, Fidelis disse que nunca viu uma aula de Inglês assim, pois só aprendia o verbo To be e demonstraram que estávamos no caminho certo.
Antes de encerrar Sérgio pediu atenção para o combinado da próxima aula. Imediatamente foi interrompido por Ícaro perguntando se ia ter comida. Que deveríamos fazer mais vezes o café. Sérgio aceitou a ideia e informou que iríamos dividi-los em pequenos grupos e com a ajuda do celular ou dicionário deveriam criar um slogan a partir de um produto já existente no mercado. Começaram a questionar o que era um slogan e eu resumidamente expliquei. Ok! pesquisem. Na semana que vem explicaremos melhor. Então, Sérgio completou dizendo:
__Beijos, bom dia. E como diz uma maravilhosa professora de inglês bye bye see you next class. Eu não me contive, foi muito engraçado. Dividir essa experiência de Estágio com Sérgio foi uma aventura inesquecível.


11.5 RELATÓRIO DO QUINTO ENCONTRO – 04/05/2017

Segunda-feira dia 01 de maio foi feriado dia do trabalhador. Para repor essa aula ainda nesta semana tivemos que pedir aos professores se algum deles poderia ceder outro horário. A professora a soldado Lima, que leciona Instrução Policial Militar (IPM) e a professora Angélica que ensina Educação Física, disponibilizaram suas aulas para nós, contudo na quinta-feira o horário é bem cedo.
Informamos a coordenadora Manoela e esta por sua vez, avisou a turma previamente. Chegando para a aula na quinta, bem cedinho, Caio Aguiar, era o xerife da semana, nos apresentou e demos seguimento ao planejamento com os Advertising texts.
Apresentamos alguns textos publicitários a exemplo de anúncio, folder, slogan que exibiremos nos slides. Dividimos os alunos em trio. Formamos seis equipes. Eles iriam criar um slogan de um produto já existente no mercado. Para a criação vamos estabelecemos 20 minutos, e logo após cada grupo vai mostrar o slogan original junto com o slogan criado (em inglês) e explicar em português por que escolheram esse produto.
Com o adiantar dos minutos surgiu a primeira execução:
§  as alunas Jaiana, Fernanda e Bianca Hellmann's", que agora em vez de ser “a verdadeira maionese", Será maionese Hellmann's" Delicious even in taste (Gostosa até no sabor);
§  Fidelis, Ícaro e José Carlos chamou a atenção com o slogan Globo , a gente desliga você, auxiliamos eles na tradução ficando: Globo, We turn you off
§  O slogan da loja Tem de Tudo ganhou uma nova roupagem, o original é “Você sonha. A gente realiza”. Agora seria Your wish is our satisfaction ( Seu desejo é a nossa satisfação) ;
§   Aline , Ana e Diego que mudaram o slogan da Caixa Econômica Federal, que em vez de “Vem pra caixa você também, vem”, mudaram para “Run to the box if it goes well” (Corre para caixa pra se dá bem, meu bem)”.

Explicamos ainda mais sobre os textos publicitários suas características e poder persuasivo da propaganda midiática. A todo instante eles se animavam com as propostas inovadoras do nosso projeto e por consequência nós também, pois tudo estava dando certo. Elogiamos o desempenho de todos. Corrigimos os cadernos com a tradução do poema The Parts of Speed. À medida que íamos corrigindo eles iriam saindo da sala. Enfim, mais um encontro cumprido.
Procuramos a coordenação para liberar a autorização para trazermos dinheiro fictício na próxima aula, pois pretendíamos trabalhar com simulação de vendas de produtos, conforme projeto já apresentado. A coordenadora Manoela disse que não haveria problema e que podíamos trazer para realizar a atividade. Mas achamos melhor perguntar, pois tudo é devidamente avisado. Existe uma burocracia militar que deve ser cumprida. Quem somos nós para burlar.




11.6 RELATÓRIO DO SEXTO ENCONTRO – 08/05/2017
Um novo encontro. Passamos da metade de nosso desafio. Pensamos que o regimento interno do CPM iria vetar nossas programações, mas não tudo estava caminhando bem e a turma esta colaborando e comentando do nosso trabalho com outros professores.
Hoje, como acontece toda semana com a mudança do xerifado, o aluno xerife é o Diego Cavalcante, prosseguiu com os comandos do xerifado.
Cumprimentamos-los e Perguntamos como foi mo finam de semana. Estavam sonolentos desmotivados. E uma conversa de inicio foi ajudando aquecer a aula.até sem perceberem já estávamos dando o continuidade ao projeto. Chegamos em artigos de marca, produtos que são consumidos ou comprados não pela qualidade, mas pela indução da propaganda.
Depois de exposto alguns produtos sobre a mesa, Sérgio começou a instigar o raciocínio deles convidando-os a imaginar que estavam num Shopping Center. Quem gosta de passear no shopping? Foram diversas colocações, daí todos tiveram sua vez de falar as marcas que lembravam com nomes em inglês:



§  creme dental close up,
§  os sabonetes albany,
§  o shampoo Clean ,
§   o arroz Blue Ville,
§  as pastilhas Halls,
§  o papel higiênico scott ,
§  a batata fritas ruffles,
§  queimado Ice Kiss, lilith entre outros.



Durante o passeio, além de vocês comprarem os produtos (com dinheiro fictício) um dos componentes do quarteto terá que escrever em inglês nesse papel metro fixado na parede um outro produtos relacionado em ingl/~es..
 Por exemplo se comprou o sabonete albany. Pode escrever o sabonete protex. A medida que acertavam eu ia anotando um sinal de positivo. Orientamos para eles consultarem o celular, ou no livro didático os nomes antes, pois no momento da escrita não poderia rasurar nem colar (pescar).
O cartaz ficou repleto de nomes, alguns valendo outros não, mas todos participaram de alguma forma. seja sentado pesquisando ou de pé escrevendo no cartaz.: babaloo, Champion, chamyto, bob`s, hersheys, confort, dove, Coca-cola, Cake,  Johnson e Johnson, listerine, Nike...
Batemos um papo acerca do poder persuasivo que a mídia tem sobre nos através das propagandas como um todo. Recursos gráficos,  cores e embalagens para atrair a atenção são direcionadas para o público alvo e a intenção dessa atividade e refletir se o que importa é a marca ou a necessidade. Fiquem espertos!. Ao sair da sala  algumas alunas nos acompanharam querendo saber o que teríamos na próxima aula. Deixei Sérgio explicando e fui correndo cumprimentar a professora Maria Rita que estava saindo de outra sala. Conversamos um pouco. Falei que estava gostando muito ela acrescentou que outras turmas estavam querendo a gente como professores. Fiquei muito contente e orgulhosa. Ainda bem que essa comparação não causou nenhum dissabor. Fiquei com receio disso, mas o ambiente está cada vez mais agradável. Ela me pediu que montasse uma avaliação diagnóstica com os conteúdos abordados por nós e entregasse na coordenação para que fosse xerocado.
 Perguntei a ela como fazíamos para reservar a sala de vídeos, pois queríamos passar trechos importantes do filme: Os delírios de consumo de Becky Bloom na próxima aula, ela me orientou a pedir a chave ao policial que estava no corredor então assim prossegui. Reservei a sala e logo chegou Sérgio para irmos embora. No caminho comentei com ele sobre a avaliação diagnóstica e que durante a semana iríamos montar para entregar quanto antes a coordenação.


11.7 RELATÓRIO DO SÉTIMO ENCONTRO – 15/05/2017.

Dando seguimento ao relatório de estágio, hoje planejamos passar trechos do filme “Os delírios de consumo de Becky Bloom”.
Explicamos a programação de hoje a Xerife do dia, a aluna Elba Cerqueira, seguindo o nosso planejamento ela comandou pedindo que os alunos, em fila indiana seguissem para a sala de áudio e vídeo que fica localizada ao lado da quadra. Quando a turma chegou, cumprimentamos e perguntamos se já haviam assistido a esse filme. Deixamos uma foto na projeção. Nenhum deles havia assistido. Alguns já viram na Netflix, mas nunca tiveram interesse em assistir.
Pedi atenção e informei que a narrativa conduz a personagem ao consumo exagerado e como pode se tornar uma patologia, uma doença, com alguns riscos para a saúde. Em seguida, pedimos que observassem trechos do filme que mais lhes chamou a atenção, destacando expressões, palavras, marcas, produtos que apareceram no decorrer da história. Preparados, então, caneta e papel nas mãos e vamos trabalhar, lembrando que após o filme vocês entregarão as atividades e arrumarão a sala que tem que estar limpa como encontramos.
Nem todos cumpriram a atividade, mas quando questionamos e relembramos as passagens do filme Jamile disse que a personagem retrata uma pessoa desequilibrada que não conseguem administrar seu próprio dinheiro, personagem da jornalista Rebecca Bloom, é uma consumista. tem a dívida alongada com bancos, lojas diversas. O enredo e fictício, mas muitos alunos identificaram alguém em situações parecidas.
Fizemos um levantamento de detalhes da trama e muito gostaram das nossas observações e o bate papo só ficava mais agradável e construtivo.
No livro deles, passamos uma atividade da página 69 e 70. Vocabulário em contexto, usando adjetivos e substantivos.  Nos despedimos da turma e seguimos para a coordenação para entregar a nossa avaliação diagnóstica.
 A coordenadora Manoela analisou e levou para o setor de xerox. Ao entregarmos avisamos a ela que o material já havia sido analisado para a professora regente Maria Rita, que aprovou de imediato e que valeria (3,0 pontos) como atividade complementar da II unidade.

11.8 RELATÓRIO DO OITAVO ENCONTRO – 22/05/2017


Cheguei tão cedo que os portões ainda estavam fechados. Esqueci de reservar a sala de áudio e vídeo e hoje combinei com Sérgio em passar uma música do grupo Plebe Rude e se eu não conseguisse a sala teria que partir para o plano B: que seria trabalhar apenas a letra impressa sem o áudio.
Estava torcendo para não ter nenhuma reserva, pois não podemos atrasar a programação do projeto em nada e tudo teria que dar certo. Mas sempre pensamos na possibilidade de outro plano. Mas, não foi dessa vez que partimos para o plano B, pois o colégio tem duas salas de áudio e uma delas estava livre. Encontrei com Sérgio que vinha no corredor conversando com uma aluna de outra sala.
Érica Reis comandou os procedimentos do xerifado. Sérgio fez um apanhado da aula da semana passada e informou que iríamos ouvir uma música, que era pagode, ou arrocha, nada temos contra esses ritmos musicais, mas vamos ouvir um rock cantado pela banda Plebe Rude, que compôs a música chamada “Consumo. Agora voltando a música, a composição diz assim, vamos ouvir.
Distribuímos cópias para que pudessem acompanhar a canção. Depois de ouvir a música em trio os alunos se apresentaram e destacaram o que interpretou com a música brasileira.
Com a apresentação dos grupos percebemos que os alunos estavam atentos e responderam trata-se de uma realidade das pessoas consumistas como nos vídeos que levamos, nos slides, no filme e na música afirmou o grupo de Ícaro que conversa bastante mas as colocações deles são bastante pertinente.
O grupo de Diego pontuou que se tratava da “síndrome do consumismo”, ou seja compram se nem saber por que e se precisam daquilo e depois se dão conta que gastaram mais do que podiam.
Sempre buscamos transmitir as relações e as nossas intenções e isso parece que ficou bem claro. A interpretação da canção ficou tecida e arrematada por todos , cada trecho analisado nos levava para um raciocínio lógico da problemática em questão. Queriam ouvir outras músicas e então eu pedi que deixassem sugestões por escrito e eu iria pesquisar o contexto, pois toda aula deve ser planejada.
Fizemos uma revisão de tudo que vimos, comentamos com eles acerca da Avaliação diagnóstica e da atividade complementar que seria a nota do nosso projeto e a participação de todos nas atividades propostas. Nesse momento Sérgio avisou a eles que tínhamos apenas três encontros e que nosso período de estágio estava chegando ao fim. Imploraram para que ficássemos até o final do ano. E foi só carência, não queríamos e disseram que iam pedir a Coordenadora Manoela para a gente ficar. Sérgio disse que estamos adorando tudo, eles, a escola, mas temos que cumprir o regulamento que define um tempo limite para os professores estagiários, mas nos veremos sempre. Até queríamos, mas não podíamos. Agradecemos o carinho e alertamos que na próxima segunda seria a avaliação diagnóstica, ou seja, uma verificação de aprendizagem. E passamos os conteúdos para eles confirmando a aplicação e ensino de cada item. Vai que u,m deles diz que tal conteúdo não foi dado?!
Cobraremos na avaliação: questões interpretativas relacionadas ao consumismo, materialismo e ao consumo consciente, alternativas baseadas no contexto da Importância da Língua Inglesa juntamente com as part of speech, que são os assuntos gramaticais que vimos e exercitamos no decorrer das atividades como emprego do verbo imperativo, posição dos substantivos e adjetivos nas orações. Revisem e estudem. Beijos, boa semana.



11.9 RELATÓRIO DO NONO ENCONTRO – 29/05/2017

O dia amanheceu com muita chuva, logo tudo engarrafado, pedia a Sérgio que me pegasse no Largo de Roma, pois eu ia pegar dois ônibus com medo de me atrasar. Combinamos então 10 horas no Largo de Roma.
No colégio fomos direto para a coordenação falar com a coordenadora Manoela buscar a nossa avaliação que seria aplicada na sala após a apresentação da aluna xerife Fernanda Santos. A sala já estava organizada em ordem alfabética pelo Xerife Fernanda, eles já sabem que é assim como convém à regra do colégio, nos dias de avaliação. Conversamos um pouco. Sérgio perguntou se tinham estudado, alguns disseram que passearam e outros que ficaram em cima do livro o domingo inteiro.
Tomamos os cuidados de orienta-los para ter um bom rendimento na avaliação e que não tivessem pressa para executá-la, pois teriam dois horários para responder e que se tivessem dúvidas era só suspender a mão que iríamos ao encontro deles, porém o entendimento do enunciado faz parte da avaliação. Então leiam com atenção!
A medida que foram terminando poderiam aguardar no pátio.
O capitão Nadson da Unidade Disciplinar é quem faz a liberação das turmas, eles não acabam e vai embora não. Tem toda uma solenidade para ir embora. Já estão acostumados, mas disseram que no começo foi difícil. As meninas não podem pintar as unhas. Cabelos sempre preso no coque. O penteado chamado rabo de cavalo só é permitido em dia de Educação Física. E o Xerife do dia é identificado pela cor da farda que é azul. Tem toda uma organização própria. Muito interessante!

11.10 RELATÓRIO DO DÉCIMO ENCONTRO – 05/06/2017

Hoje, foi o dia que combinamos para fazer a devolutiva das avaliações diagnósticas. Dividimos o fardo de provas ao meio. Eu fiquei com uma parte e ele com outra. Quando cheguei à escola Sergio já estava me esperando com a parte dele toda corrigida e passada a nota. Eu corrigi, mas não tinha passado ainda, fui terminar na sala dos professores, uma vez que faltava 20 minutos ainda para começar nossa aula.
Sergio ficou me esperando e quando tudo estava correto, fomos para sala quem nos recebeu foi o Xerife dá vez, o aluno Gabriel. Organizamos a sala em semicírculo para fazermos e entrega e correção da avaliação diagnóstica que realizamos na semana anterior. Lembrando a vocês que essa valeu 3,0 que serão utilizados como atividade complementar da II unidade. Conforme descreve por unidade o organograma de pontuação do CPM: Prova por área 2,0; Atividades Complementares 3,0; Qualitativo 1,0; Avaliação Conclusiva 4,0; totalizando dez pontos. No escore final a turma se aiu muito bem na avaliação. Fizemos juntos a leitura e a correção da avaliação, pontuamos algumas características para resolver questões de múltipla escola. Enfatizamos que o reconhecimento dos gêneros textuais era importantíssimo para responder a prova do ENEM e de qualquer concurso, pois em 2018 todos estarão no Ensino Médio.
Desejamos sucesso, agradecemos por toda nossa estadia e principalmente pela troca de aprendizado. Sérgio, parabenizou, aconselhou e agradeceu pela dedicação nessa construção do conhecimento e na realização desse projeto que aprendemos juntos. Agora queríamos ouvir deles o que gostariam de falar? O que acharam das aulas e da avaliação? José Carlos foi o primeiro ao levantar a mão dizendo que estava na escola há três anos e nunca participei de aulas de inglês tão divertidas e interessantes, adorei tudo que vocês fizeram espero que outros professores também tragam boas ideias como estas. Ficamos muito contentes e o abraçamos. Jamile pontuou um pouco chateada, achou o tempo curto, queria que ficássemos até o fim do ano e que amou a ideia de dois professores numa sala, disse que s alunos ficam mais quietos e que eu e Sérgio fazemos uma dupla perfeita. Sérgio ficou emocionado. Agradecemos a Deus por ter nos proporcionado momentos como esse, o reconhecimento é realmente o retorno gratificante que todo profissional espera. Em seguida explicamos o que é Culminância e combinamos os detalhes para o próximo e último encontro.
Iremos realizar a montagem de um varal de camisas que tenham expressões, frases e orações em inglês, portanto vasculhem armários e guarda roupa e tragam a sua camiseta, não precisa ser nova, tanto faz o que irá valer é a frase.  Além disso, vamos realizar um delicioso café da manhã já que gostaram tanto do outro que fizemos. Quem topa? Eu perguntei e todos e começaram a gritar e se articular para a listagem se alimentos. Tragam o que vocês quiserem suco, bolo, pão, estejam a vontade, disse Sérgio e tivemos a ideia de convidar a professora Maria Rita para compartilhar conosco esse momento inesquecível. Saímos da sala e fomos procura-la. Quando encontramos ela estava saindo do 9º A e pedimos para dar um pulinho em nossa sala na próxima segunda-feira, pois estaríamos encerrando nossas atividades. Ela agradeceu e muito animada prometeu ir com certeza. Caminhamos então para a saída da escola.

11.11 RELATÓRIO DO DÉCIMO PRIMEIRO ENCONTRO – 12/06/2017

Fechamos hoje mais um ciclo de aprendizagem. O último encontro transmitia uma sensação de alívio e saudade, pois lidar com adolescentes é dif´cil porém compensador. Fiquei receosa da turma não lembrar de levar as camisas e como não tenho tantas assim com frases em inglês, pedi a minha amiga Priscila para me emprestar camisas dela para montarmos nosso Clothesline, o varal de camisetas. Ela conseguiu providenciar sete camisas com frases em inglês. Sérgio levou mais três camisas e diversos alunos também levaram. Fiquei presa no engarrafamento e muito angustiada, justo hoje que temos tanta coisa para fazer. Liguei para Sérgio ir organizando a turma sem mim mesmo. Desci do ônibus peguei um Uber para agilizar. Quando desci na Beira Mar encontrei Sérgio tentando capturar sinal na rua para ligar para mim. Eu estava super chateada com o engarrafamento do último dia ele me tranquilizou e eu não parava de me explicar.
Tudo já estava organizado, a mesa do café, os cartazes e dizeres no quadro. Realizamos a exposição de tudo que produzimos ao longo desses dois meses.  Tudo pronto, agora vamos para a montagem do varal. A sala toda participou, após colocar a corda, cada aluno, com a sua camiseta, foi colocando e tornando o varal cada vez mais colorido e diversificado com frases e expressões em inglês.
Terminado o varal, a nova convidada a professora Maria Rita entra na sala e parabeniza o trabalho realizado por nós. “Estive acompanhando vocês e ouvia os elogios pelos corredores belíssimo trabalho. Estou muito satisfeita com resultado Congratulations”, enfatizou a professora. Agradecemos e com certa timidez demos continuidade a montagem e do varal, pois cada aluno com ajuda do dicionário vai traduzir as expressões que estão na  camisa de colega. Todos tentaram traduzir, até a professora pegou o celular para tentar traduzir uma camisa que estava bem difícil. Enquanto eu fotografava, Sérgio com o auxílio da professora instigava os alunos a decifrar as frases. Foi muito bom. Quem chegasse na sala poderia pensar que era uma bagunça, mas que estava proporcionando um contato único, pois nunca tinham realizado atividades assim.
Agradecemos a Deus, a professora Maria Rita por acreditar na gente, a turma pelo carinho, respeito e colaboração e emocionado. Saibam que foram importantíssimos para nossa formação pessoal e profissional e todos puderam se servir pegando o que mais gostava no café pois tinha de tudo.

12. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO

Ter realizado esse estágio foi uma experiência gratificante, porque possibilitou um instrumento de aquisição de um mundo novo, num ponto de vista crítico e esclarecedor. Possibilitou também a vivenciar experiências inovadoras, que nos trazem a realidade da nossa sociedade, da educação e como também do sistema escolar.
Nesse momento, tive a oportunidade de verificar como se constrói um espaço de produção de conhecimento dentro do ensino público, desenvolvida no dia a dia através de um processo criativo e inovador. Contudo, posso afirmar que essa experiência contribuiu bastante para minha formação
Quando fizemos o estágio de observação acompanhávamos um professor regente analisamos a postura de todos que fazem parte da equipe pedagógica e administrativa. Todavia, no estágio de regência, nos somos o professor.
Precisamos como professor, ter uma postura interdisciplinar, estimular os alunos a trabalhar a imaginação, percepção, capacidade de analise, síntese, capacidade de criar estratégias e pensamentos abstratos em suas atividades e objetivos. Mas os alunos do noturno não entendem uma aula dinâmica como aula. Acham que aula é apenas copiar. Reclamar quando saem do tradicional.
De um modo geral, só pude meditar sobre essas questões com a oportunidade do estágio, por isso se faz tão importante para a formação profissional de um educador.


13. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência do estágio Il de Língua Inglesa como regente me alegra em saber que já faço perto desse mundo da educação, atuando como ser de transformação dentro das alegrias e tristezas de uma sala de aula.
Tentamos analisar as crianças em diversos aspectos, seja individual ao coletivo, pois, para Gardner, a escola deveria ser modelada de forma a atender às diferenças entre os alunos, em vez de ignorá-las, e ao mesmo tempo garantir para cada pessoa a possibilidade de uma educação que aproveite ao máximo seu potencial intelectual. Nesse sentido, seria papel da escola buscar uma educação centrada no indivíduo - mas não individualista, que levasse a sério as inclinações, os interesses e os objetivos de cada aluno.
Trabalhar com publicidades foi muito importante para despertar a atenção do aluno para questões como o consumismo, a necessidade de ter uma visão crítica sobre anúncios e propagandas, desde os recursos publicitários expandimos para as portas de entrada e saída da língua inglesa no cotidiano.
A disciplina comportamental do Colégio Militar para com a ordem e convívio dos alunos é completamente diferenciada das outras redes públicas de ensino. A hierarquia está em primeiro lugar. Tudo é passado pelo Tenente-Coronel, não há uma liberdade de projeto sem que seja analisada minunciosamente e ganhe o aval militar ou pedagógico. Essa medida por muitas vezes impossibilita o novo e diferenciado.
Concluindo esse estagio faço a seguinte reflexão que o ser professor é uma profissão crucial que lida com doutrinas institucionais, saberes diferenciados e com a formação humana em que a busca por aperfeiçoamento é eterna.
 Entender o seu papel na sala de aula ajuda você a organizar seu planejamento.
 O papel do professor é entender as necessidades dos alunos, engajá-los em suas experiências de aprendizagem, mediar, organizar, aconselhar e facilitar, o que inclui: conhecer os alunos e seus interesses, habilidades e estilos de aprendizagem, planejar o ambiente e as rotinas em sala de aula, planejar e organizar a instrução, pesquisar, etc...

Lembro das palavras de Paulo Freire:
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DIAS, Reinildes, JUCA Leila e FARIAS, Raquel, High Up, Língua Estrangeira Moderna São Paulo: Macmillan, 2009.
FREIRE, P. Conscientização: teoria e prática da libertação – uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Centauro, 1980.
 _______.Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 15 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
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http://escolas.educacao.ba.gov.br/node/12009 acessado em 10/11/2016
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O Texto e A Construção do Sentido. Campinas, SP: CONTEXTO, 1997. v. 2000.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (Org.). Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. p. 19-36.
O TRABALHO INTEGRADO DAS HABILIDADES LINGÜISTICAS EM LÍNGUA INGLESA http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/Ingles/Wildgrube.pdf Acessado em: 15/11/16
PAIVA, V. L. M. A Tecnologia na Docência em Línguas Estrangeiras: Convergências e Tensões, 2009. Disponível em: http://www.veramenezes.com/endipe.pdf. Acesso em 02/09/2010.
________http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002751.pdf
WEBER. S. O professorado e o papel da educação na sociedade. Campinas: Papirus, 1996

ANEXOS
































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